Por José Carlos Barroso
Dando continuidade aos estudos sobre São João Nepomuceno e valendo-me de peças preciosas, hoje verdadeiras relíquias, como a “História de Minha Rua” do grande professor, magistrado e historiador Dr. José de Castro Azevedo e outras de igual valor, observamos que a historia de algumas de nossas praças está recheada de curiosidades, personalidades importantes da época em que foram construídas, como também de uma história rica em detalhes.
Assim foi o que ocorreu com as Praças: Coronel José Brás, Carlos Alves e Praça 13 de maio.
Antes de 1880, antes portanto da instalação definitiva do Município de São João Nepomuceno muitas vias públicas já haviam recebido denominação oficial, como era o caso da Rua Nazaret, da Duque de Caxias, da Rua Visconde do Rio Branco, da Rua Coronel José Dutra e tantas outras.
Vejamos uma troca de nomes de praças interessante: A praça onde se construiu o antigo Fórum (construído na administração do Dr. Carlos Alves) chama-se Largo Municipal e a Praça onde está a Escola Municipal Coronel José Brás, chamava-se Largo do Rosário.
Em 12 de junho de 1889, alguns meses antes da proclamação da república em reunião da Câmara de Vereadores através de propositura subscrita pelo Vereador Dr. Henrique Vaz, esta alterou a primeira para Praça da Inconfidência e a segunda para Praça 13 de Maio, tendo como justificativa aos demais pares o registro de dois momentos históricos importantes da vida nacional ou seja, o movimento de libertação deflagrado em Minas e a abolição da escravatura através da Lei Áurea.
Se fatos da vida nacional alteraram a vida municipal são-joanense , um fato porém veio modifica-la ainda mais, ou seja a morte aos 6 de fevereiro de 1896 do Dr. Carlos Ferreira Alves.
Entre as diversas homenagens que lhes são prestadas pelo povo são-joanense uma foi de grande importância para eterniza-lo ou seja o de lhe reservar nome de um logradouro público, passando então a Praça da Inconfidência (antes Largo Municipal ) a se chamar Praça Dr. Carlos Alves e a Praça 13 de Maio ( o antigo Largo do Rosário ) permaneceria com o mesmo nome não tendo a mesma sorte as pequenas casinhas, o cemitério (existente onde hoje é a Escola Coronel José Brás) e o velho cruzeiro ali cravado, que sofreram com as mudanças do tempo e por isso mesmo desapareceram.
Mas em 7 de setembro de 1926 quando Minas Gerais era governado por Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, um nome que dividia a opinião publica são-joanense, um grupo de cidadãos pertencentes ao grupo dissidentes ao grupo que era maioria na Câmara ou seja os Periclistas achou por bem trocar o nome da Praça 13 de Maio para Praça dos Andradas sem o referendo do poder publico tendo pelo fato constituído o maior engano da vida publica municipal são-joanense e a cidade foi notícia pelas ações momentâneas tomadas no calor das discussões.
O grupo de dissidentes em comissão saiu em direção à praça com sua banda de música (Banda da Fábrica de Tecidos) e ao espocar de foguetes quando ali tentaram afixar a placa com o novo nome em momento em que os chefes dos dois partidos haviam se ausentado da cidade pra assistirem a posse do Presidente do Estado. Com conseqüências dolorosas o fato transformou a praça em campo sangrento de batalha, com discussões e troca de tiros o que levou a morte de quatro cidadãos. Esse episódio marcou nosso povo e a cidade parou em razão do acontecimento.
Transcrevemos abaixo como o jornal A Voz do Povo em 07 .11. 1926, que resumiu o episódio utilizando uma forma poética modelar, impregnada de saudades, chorando o infortúnio, nos ombros da família são-joanense:
“Azas pandas enfunadas pela nortada rija do infortúnio, a alegria completa emigrou de nosso meio: no ar, volteando como farrapos negros, os corvos voejam, farejando a reputação alheia e nela fincando suas garras aduncas, enquanto a discórdia – essa megera terrível- faz o seu trabalho deliqüescente, invadindo os lares, separando os pais dos filhos, partindo afetos, desligando amigos de infância e de muitos anos, fazendo esquecida a gratidão, refletindo-se nas relações de família, para a construção de uma Babel nova e ainda mais perniciosa que a da lenda cristã. E conclui: O sangue humano não alicerça partidos. O seu derramamento injustificado quebrou a harmonia e a paz reinantes na honrada família são-joanense, produzindo o desagregamento de energias poderosas vinculadas aos sãos preceitos do perdão, do amor e da caridade”
Mesmo a contragosto de alguns e malgrado todo o acontecido à praça continuou a se chamar 13 de Maio. Mais tarde e curiosamente nela se era erguido o busto do Coronel José Braz, enquanto que na Praça Coronel José Brás (hoje Carlos Alves) construída nos idos de 1905 se erguia a herma em honra a Dr. Carlos Alves permanecendo a Praça Carlos Alves desnuda.
O Vereador Dario de Castro Medina (pai do ex Vice Prefeito Heleno de Gouvêa Medina e do Dr. Paulo Roberto de Gouvêa Medina), que em 14 de fevereiro de 1953 apresentou projeto de lei, depois transformado em lei de nº 117. A nova lei modificava e reparava erros e enganos, tendo assim ficado as praças: A Praça Carlos Alves passou a se chamar Praça 13 de Maio, a Praça 13 de Maio passou a se chamar Praça Coronel José Brás e a Praça Coronel José Braz passou a se chamar Praça Dr. Carlos Alves, harmonizando-se assim a questão.
As construções das ditas praças, bem como as homenagens prestadas envolvem nomes de figuras eminentes, como também curiosidades, enganos e acertos.
Vejamos outro fato interessante da história.
Por volta de 1901, na confluência das Ruas Coronel José Dutra (Rua do Sarmento assim conhecida por nela ter se estabelecido a Sarmento e Cia) com a Capitão Brás (pai do Coronel José Brás) ou Rua do Totó (assim conhecida de totó porque o proprietário da mais famosa casa desta rua o sr. Lincon de Freitas assim era conhecido) e a Rua Heleno de Freitas, ficava situada um grande largo, o Largo Triangular, foi construída uma praça, mais tarde Praça Coronel José Brás e depois Praça Dr. Carlos Alves de contorno original. Fato interessante é que o antigo Largo Retangular que contava com gradis à sua volta, que impediam acesso do público, foi nivelado para receber a praça, aquela que mais tarde se homenagearia Dr. Carlos Alves de sorte que a parte da praça com frente para a rua Capitão Brás ganhava nova altura.
A aquele logradouro em reunião da Câmara Municipal foi apresentada proposição do vereador Presidente e Agente Executivo (nome dado ao Prefeito Municipal da época) Dr. Augusto Glória Ferreira Alves dado-lhe nome de Praça ao Coronel José Brás. Vale o registro que no ano de 1900 havia o Coronel José Brás recebido uma das maiores votações para o seu candidato ao cargo de mandatário do município valendo-lhe como bandeira o seu prestigio político e o conceito de que gozava o Dr. Augusto Gloria como grande médico, derrotando assim poderosas forças oposicionistas que apoiavam o nome de Eugênio Duarte da Silva Paiva àquele cargo maior.
Tendo então o Dr. Glória, apresentado sua propositura, contra ela se rebelou o próprio Coronel José Brás, que por modéstia ou por questões políticas se declinou da honraria em tono do nome de Silviano Brandão Presidente do Estado de Minas Gerais, do partido Republicano Mineiro, partido a que se achava filiado o próprio Coronel José Brás, mas perdeu Coronel José Brás a questão e a Praça recebeu o seu nome com aprovação de todos do legislativo.
A Praça passou então a ser remodelada, os gradis do entorno foram retirados, colocando-se belíssimos ladrilhos, os recebendo nivelamento e novos gradis (hoje colocados no adro da Igreja do Rosário) em torno do busto de bronze do inolvidável médico sanitarista Dr. Carlos Ferreira Alves e no ano de 1915 era ali inaugurado o busto de Dr. Carlos Alves, resultado de ampla subscrição popular. Da Fundação Indígena no Rio de Janeiro antiga Capital da Republica vieram os postes (Hoje a base destes foi assentada junto à escadaria da Igreja Matriz, já os postes tiveram destino ignorado) idênticos aos que ornamentavam os jardins da entrada do Palácio do Catete, e os bancos em ferro, tudo conforme planejara o Dr. Augusto Gloria,
Segundo o historiador Dr. José de Azevedo o Dr. Gloria assim se referia sobre a colocação dos postes naquela Praça: - deram tanto trabalho... Referia-se ao seguinte: o técnico em iluminação encarregado do assentamento dos mesmos, dizia que os abat-jours deveriam jogar a luz para baixo, enquanto o Dr. Glória dizia que estes deveriam jogar o feixe de luz para cima, quando então providenciou uma viagem de um emissário ao Rio de Janeiro para exata verificação. O Dr. Glória tinha mesmo razão os feixes de luz deveriam estar posicionados para cima segundo o que se constatou.
A partir daí foram inúmeras as transformações nela promovidas pelos Prefeitos, parecia uma sina de todos os políticos. Um plantava arvores o outro as cortava, daí surgindo até crônica jocosa de Chicot (Sidney Baptista de saudosa memória) em Voz de São João. Escreveu ele mais ou menos assim logo após ter sido retirado da praça o busto do Dr. Carlos Alves, pra que se cortassem as árvores: cortaram as “Arves” da praça e o “Carlos Arves” com medo de cortarem-lhe a cabeça deu no pé. E assim continuaram um acrescentava partes outro as retirava, como um plantava novas arvores outro as retirava até que no governo José Zeferino Barbosa substituíram a praça por um circulo central e nele um “pirulito” contendo propagandas do comercio e dentro dele uma televisão para populares. Já no governo de Antonio Cavaleiro se construiu a atual praça e nela não se mexeu mais a não ser na tentativa inócua de dar-lhe mais beleza.
Por que não voltamos a modificar a praça ? Já está na hora. Só que de forma contraria, ou seja na tentativa de reconstruí-la aos moldes de sua construção no ano de 1905. Faria uma grande diferença, pois estaríamos recompondo a história assim como aconteceu com a Praça Daniel Sarmento, que recebeu o seu gradil de volta tal como era no ano de 1916 e o pleno funcionamento do chafariz que é peça ornamental desde a sua construção e quando a água nele utilizada vinha da Fabrica de Tecidos, bem como a colocação no mesmo local de antes do busto do ilustre Daniel Sarmento.
Dando continuidade aos estudos sobre São João Nepomuceno e valendo-me de peças preciosas, hoje verdadeiras relíquias, como a “História de Minha Rua” do grande professor, magistrado e historiador Dr. José de Castro Azevedo e outras de igual valor, observamos que a historia de algumas de nossas praças está recheada de curiosidades, personalidades importantes da época em que foram construídas, como também de uma história rica em detalhes.
Assim foi o que ocorreu com as Praças: Coronel José Brás, Carlos Alves e Praça 13 de maio.
Antes de 1880, antes portanto da instalação definitiva do Município de São João Nepomuceno muitas vias públicas já haviam recebido denominação oficial, como era o caso da Rua Nazaret, da Duque de Caxias, da Rua Visconde do Rio Branco, da Rua Coronel José Dutra e tantas outras.
Vejamos uma troca de nomes de praças interessante: A praça onde se construiu o antigo Fórum (construído na administração do Dr. Carlos Alves) chama-se Largo Municipal e a Praça onde está a Escola Municipal Coronel José Brás, chamava-se Largo do Rosário.
Em 12 de junho de 1889, alguns meses antes da proclamação da república em reunião da Câmara de Vereadores através de propositura subscrita pelo Vereador Dr. Henrique Vaz, esta alterou a primeira para Praça da Inconfidência e a segunda para Praça 13 de Maio, tendo como justificativa aos demais pares o registro de dois momentos históricos importantes da vida nacional ou seja, o movimento de libertação deflagrado em Minas e a abolição da escravatura através da Lei Áurea.
Se fatos da vida nacional alteraram a vida municipal são-joanense , um fato porém veio modifica-la ainda mais, ou seja a morte aos 6 de fevereiro de 1896 do Dr. Carlos Ferreira Alves.
Entre as diversas homenagens que lhes são prestadas pelo povo são-joanense uma foi de grande importância para eterniza-lo ou seja o de lhe reservar nome de um logradouro público, passando então a Praça da Inconfidência (antes Largo Municipal ) a se chamar Praça Dr. Carlos Alves e a Praça 13 de Maio ( o antigo Largo do Rosário ) permaneceria com o mesmo nome não tendo a mesma sorte as pequenas casinhas, o cemitério (existente onde hoje é a Escola Coronel José Brás) e o velho cruzeiro ali cravado, que sofreram com as mudanças do tempo e por isso mesmo desapareceram.
Mas em 7 de setembro de 1926 quando Minas Gerais era governado por Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, um nome que dividia a opinião publica são-joanense, um grupo de cidadãos pertencentes ao grupo dissidentes ao grupo que era maioria na Câmara ou seja os Periclistas achou por bem trocar o nome da Praça 13 de Maio para Praça dos Andradas sem o referendo do poder publico tendo pelo fato constituído o maior engano da vida publica municipal são-joanense e a cidade foi notícia pelas ações momentâneas tomadas no calor das discussões.
O grupo de dissidentes em comissão saiu em direção à praça com sua banda de música (Banda da Fábrica de Tecidos) e ao espocar de foguetes quando ali tentaram afixar a placa com o novo nome em momento em que os chefes dos dois partidos haviam se ausentado da cidade pra assistirem a posse do Presidente do Estado. Com conseqüências dolorosas o fato transformou a praça em campo sangrento de batalha, com discussões e troca de tiros o que levou a morte de quatro cidadãos. Esse episódio marcou nosso povo e a cidade parou em razão do acontecimento.
Transcrevemos abaixo como o jornal A Voz do Povo em 07 .11. 1926, que resumiu o episódio utilizando uma forma poética modelar, impregnada de saudades, chorando o infortúnio, nos ombros da família são-joanense:
“Azas pandas enfunadas pela nortada rija do infortúnio, a alegria completa emigrou de nosso meio: no ar, volteando como farrapos negros, os corvos voejam, farejando a reputação alheia e nela fincando suas garras aduncas, enquanto a discórdia – essa megera terrível- faz o seu trabalho deliqüescente, invadindo os lares, separando os pais dos filhos, partindo afetos, desligando amigos de infância e de muitos anos, fazendo esquecida a gratidão, refletindo-se nas relações de família, para a construção de uma Babel nova e ainda mais perniciosa que a da lenda cristã. E conclui: O sangue humano não alicerça partidos. O seu derramamento injustificado quebrou a harmonia e a paz reinantes na honrada família são-joanense, produzindo o desagregamento de energias poderosas vinculadas aos sãos preceitos do perdão, do amor e da caridade”
Mesmo a contragosto de alguns e malgrado todo o acontecido à praça continuou a se chamar 13 de Maio. Mais tarde e curiosamente nela se era erguido o busto do Coronel José Braz, enquanto que na Praça Coronel José Brás (hoje Carlos Alves) construída nos idos de 1905 se erguia a herma em honra a Dr. Carlos Alves permanecendo a Praça Carlos Alves desnuda.
O Vereador Dario de Castro Medina (pai do ex Vice Prefeito Heleno de Gouvêa Medina e do Dr. Paulo Roberto de Gouvêa Medina), que em 14 de fevereiro de 1953 apresentou projeto de lei, depois transformado em lei de nº 117. A nova lei modificava e reparava erros e enganos, tendo assim ficado as praças: A Praça Carlos Alves passou a se chamar Praça 13 de Maio, a Praça 13 de Maio passou a se chamar Praça Coronel José Brás e a Praça Coronel José Braz passou a se chamar Praça Dr. Carlos Alves, harmonizando-se assim a questão.
As construções das ditas praças, bem como as homenagens prestadas envolvem nomes de figuras eminentes, como também curiosidades, enganos e acertos.
Vejamos outro fato interessante da história.
Por volta de 1901, na confluência das Ruas Coronel José Dutra (Rua do Sarmento assim conhecida por nela ter se estabelecido a Sarmento e Cia) com a Capitão Brás (pai do Coronel José Brás) ou Rua do Totó (assim conhecida de totó porque o proprietário da mais famosa casa desta rua o sr. Lincon de Freitas assim era conhecido) e a Rua Heleno de Freitas, ficava situada um grande largo, o Largo Triangular, foi construída uma praça, mais tarde Praça Coronel José Brás e depois Praça Dr. Carlos Alves de contorno original. Fato interessante é que o antigo Largo Retangular que contava com gradis à sua volta, que impediam acesso do público, foi nivelado para receber a praça, aquela que mais tarde se homenagearia Dr. Carlos Alves de sorte que a parte da praça com frente para a rua Capitão Brás ganhava nova altura.
A aquele logradouro em reunião da Câmara Municipal foi apresentada proposição do vereador Presidente e Agente Executivo (nome dado ao Prefeito Municipal da época) Dr. Augusto Glória Ferreira Alves dado-lhe nome de Praça ao Coronel José Brás. Vale o registro que no ano de 1900 havia o Coronel José Brás recebido uma das maiores votações para o seu candidato ao cargo de mandatário do município valendo-lhe como bandeira o seu prestigio político e o conceito de que gozava o Dr. Augusto Gloria como grande médico, derrotando assim poderosas forças oposicionistas que apoiavam o nome de Eugênio Duarte da Silva Paiva àquele cargo maior.
Tendo então o Dr. Glória, apresentado sua propositura, contra ela se rebelou o próprio Coronel José Brás, que por modéstia ou por questões políticas se declinou da honraria em tono do nome de Silviano Brandão Presidente do Estado de Minas Gerais, do partido Republicano Mineiro, partido a que se achava filiado o próprio Coronel José Brás, mas perdeu Coronel José Brás a questão e a Praça recebeu o seu nome com aprovação de todos do legislativo.
A Praça passou então a ser remodelada, os gradis do entorno foram retirados, colocando-se belíssimos ladrilhos, os recebendo nivelamento e novos gradis (hoje colocados no adro da Igreja do Rosário) em torno do busto de bronze do inolvidável médico sanitarista Dr. Carlos Ferreira Alves e no ano de 1915 era ali inaugurado o busto de Dr. Carlos Alves, resultado de ampla subscrição popular. Da Fundação Indígena no Rio de Janeiro antiga Capital da Republica vieram os postes (Hoje a base destes foi assentada junto à escadaria da Igreja Matriz, já os postes tiveram destino ignorado) idênticos aos que ornamentavam os jardins da entrada do Palácio do Catete, e os bancos em ferro, tudo conforme planejara o Dr. Augusto Gloria,
Segundo o historiador Dr. José de Azevedo o Dr. Gloria assim se referia sobre a colocação dos postes naquela Praça: - deram tanto trabalho... Referia-se ao seguinte: o técnico em iluminação encarregado do assentamento dos mesmos, dizia que os abat-jours deveriam jogar a luz para baixo, enquanto o Dr. Glória dizia que estes deveriam jogar o feixe de luz para cima, quando então providenciou uma viagem de um emissário ao Rio de Janeiro para exata verificação. O Dr. Glória tinha mesmo razão os feixes de luz deveriam estar posicionados para cima segundo o que se constatou.
A partir daí foram inúmeras as transformações nela promovidas pelos Prefeitos, parecia uma sina de todos os políticos. Um plantava arvores o outro as cortava, daí surgindo até crônica jocosa de Chicot (Sidney Baptista de saudosa memória) em Voz de São João. Escreveu ele mais ou menos assim logo após ter sido retirado da praça o busto do Dr. Carlos Alves, pra que se cortassem as árvores: cortaram as “Arves” da praça e o “Carlos Arves” com medo de cortarem-lhe a cabeça deu no pé. E assim continuaram um acrescentava partes outro as retirava, como um plantava novas arvores outro as retirava até que no governo José Zeferino Barbosa substituíram a praça por um circulo central e nele um “pirulito” contendo propagandas do comercio e dentro dele uma televisão para populares. Já no governo de Antonio Cavaleiro se construiu a atual praça e nela não se mexeu mais a não ser na tentativa inócua de dar-lhe mais beleza.
Por que não voltamos a modificar a praça ? Já está na hora. Só que de forma contraria, ou seja na tentativa de reconstruí-la aos moldes de sua construção no ano de 1905. Faria uma grande diferença, pois estaríamos recompondo a história assim como aconteceu com a Praça Daniel Sarmento, que recebeu o seu gradil de volta tal como era no ano de 1916 e o pleno funcionamento do chafariz que é peça ornamental desde a sua construção e quando a água nele utilizada vinha da Fabrica de Tecidos, bem como a colocação no mesmo local de antes do busto do ilustre Daniel Sarmento.
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