Daniel de Moraes Sarmento Junior e a fábrica de tecidos. Sua importância no desenvolvimento econômico de São João Nepomuceno:
Por José Carlos Barroso
Natural do Município de Rio Novo tendo nascido em 05 de novembro de 1864, era filho de Daniel de Moraes Sarmento e de D. Anna Luiza de São José. Aos dez anos iniciou seus estudos na fazenda de seus pais e depois os Colégios “Noronha” e “Cavalcante” na cidade de Rio Novo. De 1881 a 1882 dedicou-se à agricultura na fazenda de seus pais, mas no ano de 1883 passa a exercer o cargo de telegrafista na Estrada de Ferro União Mineira onde serviu também como auxiliar de agente e em 1884 foi nomeado agente de uma estação na Estrada de Ferro Juiz de Fora – Piau até o ano de 1886.
Foi em 1º de julho de 1886 que veio para São João Nepomuceno estabelecendo-se aqui com um comercio com os recursos economizados daquilo que percebia na estrada de ferro e também ajudado por seu pai.
Aqui em São João inaugurou então uma nova modalidade de comercio ou seja o de vender somente a dinheiro a preço fixo.
Em 09 de setembro de 1889 casou-se com a Sra. Dona Maria Petronilha de Moraes Sarmento (Dona Cota Sarmento), filha de Antonio Flodoardo Cardoso.
Daniel Sarmento foi chefe da casa comercial Sarmento e Cia e mais tarde da firma Sarmento Irmãos e Cia por várias vezes foi vereador em São João Nepomuceno e em 20 de janeiro de 1894 iniciou junto com outros cidadãos a formação do capital de 130 contos de reis para estabelecer a Companhia de Tecidos Mineiros cabendo-lhe o lugar de Diretor Gerente tendo esta iniciado em 30 de janeiro de 1894. Mas a Fabrica teve vida curta e então em outubro do mesmo ano com sérias dificuldades e não conseguindo fundos para concluir as obras foi resolvida em assembléia a venda do acervo em 12 de dezembro sendo então aceita a proposta feita pelos irmãos Francisco Daniel de Moraes Sarmento, Emydio de Moraes Sarmento e o maior acionista Daniel de Moraes Sarmento tendo Daniel continuado com a gerencia tendo exercido esta função até seu falecimento. A fabrica então passa a pertencer a Sarmento Irmãos & Cia.
Portanto em 14 de julho de 1895 foram inaugurados os trabalhos da fabrica com vinte e cinco teares movidos por um pequeno motor com força de trinta e cinco cavalos.
Como era grande seu espírito empreendedor promoveu ele o aumento do número de empregados de todo o maquinário passando a produzir cerca de 3.000 metros de tecidos variados, como lã, linho e algodão e foi na Europa que ele e Dona Cota Sarmento adquiriram maiores conhecimentos para mais tarde emprega-los em sua fábrica.
Daniel Sarmento foi o precursor da iluminação elétrica em São João tendo para isto instalado uma rede de energia elétrica e de telefone não só para sua indústria mas também para sua residência. Depois passou a distribuir energia gerada pela Cia Força e Luz Cataguases Leopoldina para outras residências, fabricas e comércios da cidade e a vendia como podemos observar em alguns recibos de fornecimento de energia elétrica emitidos pela Fábrica de Tecidos Sarmento.
O grande industrial não negou sua colaboração ao campo político e em 1º de novembro de 1897 foi eleito vereador pelo Partido Republicano Mineiro e em janeiro de 1898 foi eleito Vice Presidente e reeleito ao cargo durante toda legislatura. No ano de 1900 novamente é conduzido a Câmara e por seus pares é novamente eleito Vice Presidente daquela Casa de Leis e o foi até o fim do mandato.
Daniel Sarmento veio a falecer em 17 de dezembro de 1908 contando apenas com 44 anos e vitimado por uma terrível uremia. E no ano de sua morte a fabrica contava com 119 teares, 25 em via de funcionar e 26 em vias de instalação o que mostra o espírito empreendedor do grande industrial.
Quando o Dr. Gloria estava à frente do executivo municipal isto pelos idos de 1901, seu nome foi proposto pelo Agente Executivo para ser nome da praça (praça em frente a fabrica hoje Santa Martha), portanto recebeu em vida a homenagem de nosso povo e no ano de 1915 quando Agente Executivo o Dr. Péricles Vieira de Mendonça era inaugurado o seu busto em bronze sobre um pedestal de granito num trabalho artístico do Professor Correia Lima.
Na época um gradil circundava a praça, bancos de ferro que chegaram a São João vindos do Rio de Janeiro da Fundição Indígena e no seu centro um repuxo foi colocado ficando a praça por longos anos entregue a Fabrica para a sua conservação. Como a empresa ao final havia descuidado daquele logradouro, no governo do farmacêutico Agenor Henriques os gradis foram retirados franqueando livre acesso do publico a praça.
Outra homenagem lhe é prestada pelo nosso povo por proposição desta feita dos Vereadores Vicente da Costa Oliveira, Sebastião de Souza Lima e Antonio da Fonseca Lobão, ou seja o de uma via publica, que até hoje se conserva. Daniel Sarmento foi para São João Nepomuceno o que representou o Barão de Mauá para o Rio de Janeiro.
Por José Carlos Barroso
Natural do Município de Rio Novo tendo nascido em 05 de novembro de 1864, era filho de Daniel de Moraes Sarmento e de D. Anna Luiza de São José. Aos dez anos iniciou seus estudos na fazenda de seus pais e depois os Colégios “Noronha” e “Cavalcante” na cidade de Rio Novo. De 1881 a 1882 dedicou-se à agricultura na fazenda de seus pais, mas no ano de 1883 passa a exercer o cargo de telegrafista na Estrada de Ferro União Mineira onde serviu também como auxiliar de agente e em 1884 foi nomeado agente de uma estação na Estrada de Ferro Juiz de Fora – Piau até o ano de 1886.
Foi em 1º de julho de 1886 que veio para São João Nepomuceno estabelecendo-se aqui com um comercio com os recursos economizados daquilo que percebia na estrada de ferro e também ajudado por seu pai.
Aqui em São João inaugurou então uma nova modalidade de comercio ou seja o de vender somente a dinheiro a preço fixo.
Em 09 de setembro de 1889 casou-se com a Sra. Dona Maria Petronilha de Moraes Sarmento (Dona Cota Sarmento), filha de Antonio Flodoardo Cardoso.
Daniel Sarmento foi chefe da casa comercial Sarmento e Cia e mais tarde da firma Sarmento Irmãos e Cia por várias vezes foi vereador em São João Nepomuceno e em 20 de janeiro de 1894 iniciou junto com outros cidadãos a formação do capital de 130 contos de reis para estabelecer a Companhia de Tecidos Mineiros cabendo-lhe o lugar de Diretor Gerente tendo esta iniciado em 30 de janeiro de 1894. Mas a Fabrica teve vida curta e então em outubro do mesmo ano com sérias dificuldades e não conseguindo fundos para concluir as obras foi resolvida em assembléia a venda do acervo em 12 de dezembro sendo então aceita a proposta feita pelos irmãos Francisco Daniel de Moraes Sarmento, Emydio de Moraes Sarmento e o maior acionista Daniel de Moraes Sarmento tendo Daniel continuado com a gerencia tendo exercido esta função até seu falecimento. A fabrica então passa a pertencer a Sarmento Irmãos & Cia.
Portanto em 14 de julho de 1895 foram inaugurados os trabalhos da fabrica com vinte e cinco teares movidos por um pequeno motor com força de trinta e cinco cavalos.
Como era grande seu espírito empreendedor promoveu ele o aumento do número de empregados de todo o maquinário passando a produzir cerca de 3.000 metros de tecidos variados, como lã, linho e algodão e foi na Europa que ele e Dona Cota Sarmento adquiriram maiores conhecimentos para mais tarde emprega-los em sua fábrica.
Daniel Sarmento foi o precursor da iluminação elétrica em São João tendo para isto instalado uma rede de energia elétrica e de telefone não só para sua indústria mas também para sua residência. Depois passou a distribuir energia gerada pela Cia Força e Luz Cataguases Leopoldina para outras residências, fabricas e comércios da cidade e a vendia como podemos observar em alguns recibos de fornecimento de energia elétrica emitidos pela Fábrica de Tecidos Sarmento.
O grande industrial não negou sua colaboração ao campo político e em 1º de novembro de 1897 foi eleito vereador pelo Partido Republicano Mineiro e em janeiro de 1898 foi eleito Vice Presidente e reeleito ao cargo durante toda legislatura. No ano de 1900 novamente é conduzido a Câmara e por seus pares é novamente eleito Vice Presidente daquela Casa de Leis e o foi até o fim do mandato.
Daniel Sarmento veio a falecer em 17 de dezembro de 1908 contando apenas com 44 anos e vitimado por uma terrível uremia. E no ano de sua morte a fabrica contava com 119 teares, 25 em via de funcionar e 26 em vias de instalação o que mostra o espírito empreendedor do grande industrial.
Quando o Dr. Gloria estava à frente do executivo municipal isto pelos idos de 1901, seu nome foi proposto pelo Agente Executivo para ser nome da praça (praça em frente a fabrica hoje Santa Martha), portanto recebeu em vida a homenagem de nosso povo e no ano de 1915 quando Agente Executivo o Dr. Péricles Vieira de Mendonça era inaugurado o seu busto em bronze sobre um pedestal de granito num trabalho artístico do Professor Correia Lima.
Na época um gradil circundava a praça, bancos de ferro que chegaram a São João vindos do Rio de Janeiro da Fundição Indígena e no seu centro um repuxo foi colocado ficando a praça por longos anos entregue a Fabrica para a sua conservação. Como a empresa ao final havia descuidado daquele logradouro, no governo do farmacêutico Agenor Henriques os gradis foram retirados franqueando livre acesso do publico a praça.
Outra homenagem lhe é prestada pelo nosso povo por proposição desta feita dos Vereadores Vicente da Costa Oliveira, Sebastião de Souza Lima e Antonio da Fonseca Lobão, ou seja o de uma via publica, que até hoje se conserva. Daniel Sarmento foi para São João Nepomuceno o que representou o Barão de Mauá para o Rio de Janeiro.
Muito interessante saber um pouco dá história de São João Nepomuceno.
ResponderExcluirParabéns.
Gostei muito da postagem. Bom saber que a história de São João está sendo preservada.
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