"Há na força do passado a alegria e o consolo das ressurreições”
(Texto de autoria do Dr. José de Castro Azevedo, lido em 1964, nos microfones da ZYV-39, Rádio Difusora e publicado em VOZ DE SÃO JOÃO).
De quando em vez amigos nossos têm pedido que tracemos ligeira biografia da figura de Joaquim Murtinho praticamente desconhecida até mesmo dos meios intelectuais locais.
Lembraríamos primeiro as razões que levaram o Poder Público Municipal a dar a um de nossos logradouros o nome daquele que foi considerado como o salvador das finanças brasileiras, o mais notável financista de sua época.
Em 1948, o Instituto Histórico de Mato Grosso enviou um ofício a todas as comunas brasileiras, lembrando-as de que naquele ano se comemoraria o centenário de nascimento de Joaquim Murtinho e que o melhor meio de se reverenciar sua memória seria dar seu nome a uma das vias públicas da localidade. Ocupava a chefia do Poder Executivo, à época, o Prefeito Joaquim Ferreira Campos, que, pela Resolução nº 19, de 3 de novembro de 1948, mandava denominar Rua Joaquim Murtinho a via pública, em prosseguimento à Avenida Zeca Henriques, entre as Ruas Guarda-Mor Furtado e Comendador José Soares.
Falemos, então, rapidamente sobre ele. Seu nome completo era Joaquim Duarte Murtinho. "Doublé" de médico e de estadista não se pode dizer em qual dos ramos de atividade mais se projetou seu nome.
Era um matogrossense dos mais ilustres que já se firam naquelas plagas. Nascera em Cuiabá, em 7 de dezembro de 1848. Como médico, e médico homeopata alcançou renome como um dos mais notáveis clínicos da América. Dele disseram ao morrer: "O médico, em Joaquim Murtinho não era somente o cientista ilustrado, era sobretudo a extraordinária perspicácia, de tal acuidade era o seu tino, tal a sua penetração, que ele parecia adivinhar, às vezes, quando a propedêutica, com todas as suas regras de exame e de inquérito na busca do diagnóstico, conseguia gaguejar apenas. Daí a segurança de seus juízos; daí o estupendo e surpreendente de suas curas."
Foi Ministro da Fazenda no governo de Prudente de Morais, quando já quase se expirava o período governamental. O estado financeiro do país era calamitoso, em virtude da dívida dos credores ingleses. Estava o Brasil às portas da bancarrota.
Com a subida de Campos Salles ao poder, de novo foi-lhe entregue a pasta da Fazenda, no quatriênio que vai de 1898 a 1902. Um de seus biógrafos assim o retrata: "Era o momento da mais séria crise financeira e econômica do Brasil. Desacreditado e onerado o tesouro, incapaz de pagar os juros das dívidas, acorrentado por uma moratória e pela hipoteca das próprias rendas, descera o câmbio à taxa de 5.
Foi com tamanha responsabilidade que Joaquim Murtinho assumiu a pasta. Confiava em si e através de doestos, calúnias, contra uma oposição sistemática e intolerante, executou as suas idéias, e antes de três anos havia refeito o crédito, aumentado as rendas, elevado o câmbio à taxa de 14, reduzido o numerário excessivo e instituído os fundos de reserva e resgate do papel moeda. Recomeçou o pagamento dos juros e na segunda presidência pôde o país, sem nenhum estorvo, realizar as grandes obras de saneamento e aformoseamento da capital do país".
Faleceu Joaquim Murtinho em 17 de novembro de 1911 no Rio de Janeiro.
Como se está a ver, a homenagem, que se prestou a esse vulto tão pouco conhecido de nossa história pátria, fora das mais justas e seria, muito mais agora, do que à época em que foi prestada, como uma lembrança, como um aceno, àqueles a quem estão entregues a direção e a limpeza das finanças do Brasil, quando se põe em jogo no exterior, o nome de nossa querida Pátria, tão saudosa de uma política financeira à Joaquim Murtinho.
De quando em vez amigos nossos têm pedido que tracemos ligeira biografia da figura de Joaquim Murtinho praticamente desconhecida até mesmo dos meios intelectuais locais.
Lembraríamos primeiro as razões que levaram o Poder Público Municipal a dar a um de nossos logradouros o nome daquele que foi considerado como o salvador das finanças brasileiras, o mais notável financista de sua época.
Em 1948, o Instituto Histórico de Mato Grosso enviou um ofício a todas as comunas brasileiras, lembrando-as de que naquele ano se comemoraria o centenário de nascimento de Joaquim Murtinho e que o melhor meio de se reverenciar sua memória seria dar seu nome a uma das vias públicas da localidade. Ocupava a chefia do Poder Executivo, à época, o Prefeito Joaquim Ferreira Campos, que, pela Resolução nº 19, de 3 de novembro de 1948, mandava denominar Rua Joaquim Murtinho a via pública, em prosseguimento à Avenida Zeca Henriques, entre as Ruas Guarda-Mor Furtado e Comendador José Soares.
Falemos, então, rapidamente sobre ele. Seu nome completo era Joaquim Duarte Murtinho. "Doublé" de médico e de estadista não se pode dizer em qual dos ramos de atividade mais se projetou seu nome.
Era um matogrossense dos mais ilustres que já se firam naquelas plagas. Nascera em Cuiabá, em 7 de dezembro de 1848. Como médico, e médico homeopata alcançou renome como um dos mais notáveis clínicos da América. Dele disseram ao morrer: "O médico, em Joaquim Murtinho não era somente o cientista ilustrado, era sobretudo a extraordinária perspicácia, de tal acuidade era o seu tino, tal a sua penetração, que ele parecia adivinhar, às vezes, quando a propedêutica, com todas as suas regras de exame e de inquérito na busca do diagnóstico, conseguia gaguejar apenas. Daí a segurança de seus juízos; daí o estupendo e surpreendente de suas curas."
Foi Ministro da Fazenda no governo de Prudente de Morais, quando já quase se expirava o período governamental. O estado financeiro do país era calamitoso, em virtude da dívida dos credores ingleses. Estava o Brasil às portas da bancarrota.
Com a subida de Campos Salles ao poder, de novo foi-lhe entregue a pasta da Fazenda, no quatriênio que vai de 1898 a 1902. Um de seus biógrafos assim o retrata: "Era o momento da mais séria crise financeira e econômica do Brasil. Desacreditado e onerado o tesouro, incapaz de pagar os juros das dívidas, acorrentado por uma moratória e pela hipoteca das próprias rendas, descera o câmbio à taxa de 5.
Foi com tamanha responsabilidade que Joaquim Murtinho assumiu a pasta. Confiava em si e através de doestos, calúnias, contra uma oposição sistemática e intolerante, executou as suas idéias, e antes de três anos havia refeito o crédito, aumentado as rendas, elevado o câmbio à taxa de 14, reduzido o numerário excessivo e instituído os fundos de reserva e resgate do papel moeda. Recomeçou o pagamento dos juros e na segunda presidência pôde o país, sem nenhum estorvo, realizar as grandes obras de saneamento e aformoseamento da capital do país".
Faleceu Joaquim Murtinho em 17 de novembro de 1911 no Rio de Janeiro.
Como se está a ver, a homenagem, que se prestou a esse vulto tão pouco conhecido de nossa história pátria, fora das mais justas e seria, muito mais agora, do que à época em que foi prestada, como uma lembrança, como um aceno, àqueles a quem estão entregues a direção e a limpeza das finanças do Brasil, quando se põe em jogo no exterior, o nome de nossa querida Pátria, tão saudosa de uma política financeira à Joaquim Murtinho.
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