"Há na força do passado a alegria e o consolo das ressurreições"
(Texto de autoria do Dr. José de Castro Azevedo, lido em 19/09/1964, às 18:25, nos microfones da ZYV-39 e publicado em Voz de São João).
A denominação de "Rua Barão de São João", dada a uma das mais antigas vias públicas de nossa urbe, ao que nos parece, remonta ao oitavo decênio do século XIX, quando São João Nepomuceno ainda não vestia as roupagens de cidade. Não existem nos arquivos municipais elementos que induzam afirmação em sentido contrário. Quem foi o Barão de São João ou, como mais corretamente o denominaram os juizforenses, o Barão de São João Nepomuceno?
Rua Barão de São João
Foi ele o Desembargador Pedro de Alcântara Cerqueira Leite, mineiro natural de Rocinha da Negra, localidade situada às margens do Rio Paraibuna, à época pertencente ao município de Barbacena e, posteriormente, ao de Juiz de Fora. Filho de José de Cerqueira Leite e de D. Ana Maria da Fonseca, nasceu o Barão de São João a 28 de junho de 1.807. Diplomou-se em direito em 1.833, sendo nomeado juiz municipal de Barbacena. Posteriormente foi nomeado juiz de direito de Sabará e, de lá, removido para sua primitiva comarca. Pelo seu valor moral, pelos seus profundos conhecimentos jurídicos, foi em 1.854 nomeado Desembargador do Tribunal da Relação de Pernambuco, no qual se aposentou sem vencimento por não desejar transferir-se de sua terra natal.
Um dos traços marcantes de sua personalidade, de sua fibra, está no fato de que, mesmo como magistrado, militava às escâncaras na política, como membro do Partido Liberal, sem que com isso enodoasse sua toga. Teve assento como deputado, na Assembléia Legislativa Provincial, por várias vezes, e na Assembléia Geral, de 1.838 a 1.848, como representante de Minas Gerais.
Pouco a pouco foi-se irradiando o seu valor, impondo-se perante os co-estaduanos, até que atingiu as culminâncias ao assumir a Presidência da Província, no período compreendido entre 26 de setembro de 1.864 e 18 de dezembro de 1.865. Relembre-se que nesse período achava-se o Brasil em guerra com o Paraguai, cabendo ao Barão de São João Nepomuceno, à época apenas Desembargador Cerqueira leite, enviar tropas provinciais ao campo de batalha, conseguindo arregimentar de 5.650 a 6.000 voluntários.
Depois disso, recolhia se ele a seus penates, dedicando-se ao trato da lavoura, e, como ele próprio dizia "na leitura dos livros, que ainda não me desgostaram, neste sítio da Gruta". E numa confissão que era a síntese de sua própria vida: "Não corrompi a ninguém, não pratiquei violências, naquela época anormal", como se poderá verificar em seu testamento.
Mais tarde foi Presidente da Diretoria da Estrada de Ferro União Mineira, depois incorporada à Empresa Leopoldina, que viria posteriormente ser a Estrada de Ferro Leopoldina. É desse momento de sua vida que lhe veio o título nobiliárquico, que lhe concederam.
De acordo com os planos traçados pela engenharia, na altura do hoje chamado "Quilômetro 44", na confluência dos atuais municípios de Bicas, Mar de Espanha e Guarará, declinaria a ferrovia para a direita, entrando pelo município de Guarará, passando por Maripá, sem descer a íngreme serra, que ali perto se levanta. Acontece, porém que a isso se opusera opulento fazendeiro daquele município, porque a passagem dos trilhos da estrada de ferro pelos seus terrenos os desvalorizaria, os inutilizaria, no seu entender. A solução seria, então, descer a serra. Mas, e os recursos financeiros para esse empreendimento? Para se solucionar o impasse, as figuras mais destacadas deste municípios e de Bicas se cotizaram e foram levar a Cerqueira Leite o numerário bastante para concretizar o ideal: ver varadas as terras são-joanenses e biquenses pela própria civilização, pelo caminho de ferro, permitindo se, assim fazer face à despesa com o caminhamento pela serra. Soma-se a isso o empenho de Cerqueira Leite em ver a Leopoldina atingindo nosso município, o que realmente se conseguiu com a inauguração da estação local em 24 de junho de 1.880.
O reconhecimento de nosso povo se fez sentir. Foram os são-joanenses até Sua Alteza – O Imperador Dom Pedro II e dele solicitaram concedesse ao Desembargador Pedro de Alcântara Cerqueira Leite o título de Barão de São João Nepomuceno, com o que realmente foi agraciado.
O Barão de São João veio a falecer em 24 de fevereiro de 1.883.
Homem de grande cultura, foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, mas, não se sabe se mais há de admirar nele a integridade moral, o saber, ou a modéstia, elevada a último grau. A denominação de "Rua Barão de São João", dada a uma das mais antigas vias públicas de nossa urbe, ao que nos parece, remonta ao oitavo decênio do século XIX, quando São João Nepomuceno ainda não vestia as roupagens de cidade. Não existem nos arquivos municipais elementos que induzam afirmação em sentido contrário. Quem foi o Barão de São João ou, como mais corretamente o denominaram os juizforenses, o Barão de São João Nepomuceno?
Rua Barão de São João
Foi ele o Desembargador Pedro de Alcântara Cerqueira Leite, mineiro natural de Rocinha da Negra, localidade situada às margens do Rio Paraibuna, à época pertencente ao município de Barbacena e, posteriormente, ao de Juiz de Fora. Filho de José de Cerqueira Leite e de D. Ana Maria da Fonseca, nasceu o Barão de São João a 28 de junho de 1.807. Diplomou-se em direito em 1.833, sendo nomeado juiz municipal de Barbacena. Posteriormente foi nomeado juiz de direito de Sabará e, de lá, removido para sua primitiva comarca. Pelo seu valor moral, pelos seus profundos conhecimentos jurídicos, foi em 1.854 nomeado Desembargador do Tribunal da Relação de Pernambuco, no qual se aposentou sem vencimento por não desejar transferir-se de sua terra natal.
Um dos traços marcantes de sua personalidade, de sua fibra, está no fato de que, mesmo como magistrado, militava às escâncaras na política, como membro do Partido Liberal, sem que com isso enodoasse sua toga. Teve assento como deputado, na Assembléia Legislativa Provincial, por várias vezes, e na Assembléia Geral, de 1.838 a 1.848, como representante de Minas Gerais.
Pouco a pouco foi-se irradiando o seu valor, impondo-se perante os co-estaduanos, até que atingiu as culminâncias ao assumir a Presidência da Província, no período compreendido entre 26 de setembro de 1.864 e 18 de dezembro de 1.865. Relembre-se que nesse período achava-se o Brasil em guerra com o Paraguai, cabendo ao Barão de São João Nepomuceno, à época apenas Desembargador Cerqueira leite, enviar tropas provinciais ao campo de batalha, conseguindo arregimentar de 5.650 a 6.000 voluntários.
Depois disso, recolhia se ele a seus penates, dedicando-se ao trato da lavoura, e, como ele próprio dizia "na leitura dos livros, que ainda não me desgostaram, neste sítio da Gruta". E numa confissão que era a síntese de sua própria vida: "Não corrompi a ninguém, não pratiquei violências, naquela época anormal", como se poderá verificar em seu testamento.
Mais tarde foi Presidente da Diretoria da Estrada de Ferro União Mineira, depois incorporada à Empresa Leopoldina, que viria posteriormente ser a Estrada de Ferro Leopoldina. É desse momento de sua vida que lhe veio o título nobiliárquico, que lhe concederam.
De acordo com os planos traçados pela engenharia, na altura do hoje chamado "Quilômetro 44", na confluência dos atuais municípios de Bicas, Mar de Espanha e Guarará, declinaria a ferrovia para a direita, entrando pelo município de Guarará, passando por Maripá, sem descer a íngreme serra, que ali perto se levanta. Acontece, porém que a isso se opusera opulento fazendeiro daquele município, porque a passagem dos trilhos da estrada de ferro pelos seus terrenos os desvalorizaria, os inutilizaria, no seu entender. A solução seria, então, descer a serra. Mas, e os recursos financeiros para esse empreendimento? Para se solucionar o impasse, as figuras mais destacadas deste municípios e de Bicas se cotizaram e foram levar a Cerqueira Leite o numerário bastante para concretizar o ideal: ver varadas as terras são-joanenses e biquenses pela própria civilização, pelo caminho de ferro, permitindo se, assim fazer face à despesa com o caminhamento pela serra. Soma-se a isso o empenho de Cerqueira Leite em ver a Leopoldina atingindo nosso município, o que realmente se conseguiu com a inauguração da estação local em 24 de junho de 1.880.
O reconhecimento de nosso povo se fez sentir. Foram os são-joanenses até Sua Alteza – O Imperador Dom Pedro II e dele solicitaram concedesse ao Desembargador Pedro de Alcântara Cerqueira Leite o título de Barão de São João Nepomuceno, com o que realmente foi agraciado.
O Barão de São João veio a falecer em 24 de fevereiro de 1.883.
Homem de grande cultura, foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, mas, não se sabe se mais há de admirar nele a integridade moral, o saber, ou a modéstia, elevada a último grau.
Rua Barão de São João
Foi ele o Desembargador Pedro de Alcântara Cerqueira Leite, mineiro natural de Rocinha da Negra, localidade situada às margens do Rio Paraibuna, à época pertencente ao município de Barbacena e, posteriormente, ao de Juiz de Fora. Filho de José de Cerqueira Leite e de D. Ana Maria da Fonseca, nasceu o Barão de São João a 28 de junho de 1.807. Diplomou-se em direito em 1.833, sendo nomeado juiz municipal de Barbacena. Posteriormente foi nomeado juiz de direito de Sabará e, de lá, removido para sua primitiva comarca. Pelo seu valor moral, pelos seus profundos conhecimentos jurídicos, foi em 1.854 nomeado Desembargador do Tribunal da Relação de Pernambuco, no qual se aposentou sem vencimento por não desejar transferir-se de sua terra natal.
Um dos traços marcantes de sua personalidade, de sua fibra, está no fato de que, mesmo como magistrado, militava às escâncaras na política, como membro do Partido Liberal, sem que com isso enodoasse sua toga. Teve assento como deputado, na Assembléia Legislativa Provincial, por várias vezes, e na Assembléia Geral, de 1.838 a 1.848, como representante de Minas Gerais.
Pouco a pouco foi-se irradiando o seu valor, impondo-se perante os co-estaduanos, até que atingiu as culminâncias ao assumir a Presidência da Província, no período compreendido entre 26 de setembro de 1.864 e 18 de dezembro de 1.865. Relembre-se que nesse período achava-se o Brasil em guerra com o Paraguai, cabendo ao Barão de São João Nepomuceno, à época apenas Desembargador Cerqueira leite, enviar tropas provinciais ao campo de batalha, conseguindo arregimentar de 5.650 a 6.000 voluntários.
Depois disso, recolhia se ele a seus penates, dedicando-se ao trato da lavoura, e, como ele próprio dizia "na leitura dos livros, que ainda não me desgostaram, neste sítio da Gruta". E numa confissão que era a síntese de sua própria vida: "Não corrompi a ninguém, não pratiquei violências, naquela época anormal", como se poderá verificar em seu testamento.
Mais tarde foi Presidente da Diretoria da Estrada de Ferro União Mineira, depois incorporada à Empresa Leopoldina, que viria posteriormente ser a Estrada de Ferro Leopoldina. É desse momento de sua vida que lhe veio o título nobiliárquico, que lhe concederam.
De acordo com os planos traçados pela engenharia, na altura do hoje chamado "Quilômetro 44", na confluência dos atuais municípios de Bicas, Mar de Espanha e Guarará, declinaria a ferrovia para a direita, entrando pelo município de Guarará, passando por Maripá, sem descer a íngreme serra, que ali perto se levanta. Acontece, porém que a isso se opusera opulento fazendeiro daquele município, porque a passagem dos trilhos da estrada de ferro pelos seus terrenos os desvalorizaria, os inutilizaria, no seu entender. A solução seria, então, descer a serra. Mas, e os recursos financeiros para esse empreendimento? Para se solucionar o impasse, as figuras mais destacadas deste municípios e de Bicas se cotizaram e foram levar a Cerqueira Leite o numerário bastante para concretizar o ideal: ver varadas as terras são-joanenses e biquenses pela própria civilização, pelo caminho de ferro, permitindo se, assim fazer face à despesa com o caminhamento pela serra. Soma-se a isso o empenho de Cerqueira Leite em ver a Leopoldina atingindo nosso município, o que realmente se conseguiu com a inauguração da estação local em 24 de junho de 1.880.
O reconhecimento de nosso povo se fez sentir. Foram os são-joanenses até Sua Alteza – O Imperador Dom Pedro II e dele solicitaram concedesse ao Desembargador Pedro de Alcântara Cerqueira Leite o título de Barão de São João Nepomuceno, com o que realmente foi agraciado.
O Barão de São João veio a falecer em 24 de fevereiro de 1.883.
Homem de grande cultura, foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, mas, não se sabe se mais há de admirar nele a integridade moral, o saber, ou a modéstia, elevada a último grau. A denominação de "Rua Barão de São João", dada a uma das mais antigas vias públicas de nossa urbe, ao que nos parece, remonta ao oitavo decênio do século XIX, quando São João Nepomuceno ainda não vestia as roupagens de cidade. Não existem nos arquivos municipais elementos que induzam afirmação em sentido contrário. Quem foi o Barão de São João ou, como mais corretamente o denominaram os juizforenses, o Barão de São João Nepomuceno?
Rua Barão de São João
Foi ele o Desembargador Pedro de Alcântara Cerqueira Leite, mineiro natural de Rocinha da Negra, localidade situada às margens do Rio Paraibuna, à época pertencente ao município de Barbacena e, posteriormente, ao de Juiz de Fora. Filho de José de Cerqueira Leite e de D. Ana Maria da Fonseca, nasceu o Barão de São João a 28 de junho de 1.807. Diplomou-se em direito em 1.833, sendo nomeado juiz municipal de Barbacena. Posteriormente foi nomeado juiz de direito de Sabará e, de lá, removido para sua primitiva comarca. Pelo seu valor moral, pelos seus profundos conhecimentos jurídicos, foi em 1.854 nomeado Desembargador do Tribunal da Relação de Pernambuco, no qual se aposentou sem vencimento por não desejar transferir-se de sua terra natal.
Um dos traços marcantes de sua personalidade, de sua fibra, está no fato de que, mesmo como magistrado, militava às escâncaras na política, como membro do Partido Liberal, sem que com isso enodoasse sua toga. Teve assento como deputado, na Assembléia Legislativa Provincial, por várias vezes, e na Assembléia Geral, de 1.838 a 1.848, como representante de Minas Gerais.
Pouco a pouco foi-se irradiando o seu valor, impondo-se perante os co-estaduanos, até que atingiu as culminâncias ao assumir a Presidência da Província, no período compreendido entre 26 de setembro de 1.864 e 18 de dezembro de 1.865. Relembre-se que nesse período achava-se o Brasil em guerra com o Paraguai, cabendo ao Barão de São João Nepomuceno, à época apenas Desembargador Cerqueira leite, enviar tropas provinciais ao campo de batalha, conseguindo arregimentar de 5.650 a 6.000 voluntários.
Depois disso, recolhia se ele a seus penates, dedicando-se ao trato da lavoura, e, como ele próprio dizia "na leitura dos livros, que ainda não me desgostaram, neste sítio da Gruta". E numa confissão que era a síntese de sua própria vida: "Não corrompi a ninguém, não pratiquei violências, naquela época anormal", como se poderá verificar em seu testamento.
Mais tarde foi Presidente da Diretoria da Estrada de Ferro União Mineira, depois incorporada à Empresa Leopoldina, que viria posteriormente ser a Estrada de Ferro Leopoldina. É desse momento de sua vida que lhe veio o título nobiliárquico, que lhe concederam.
De acordo com os planos traçados pela engenharia, na altura do hoje chamado "Quilômetro 44", na confluência dos atuais municípios de Bicas, Mar de Espanha e Guarará, declinaria a ferrovia para a direita, entrando pelo município de Guarará, passando por Maripá, sem descer a íngreme serra, que ali perto se levanta. Acontece, porém que a isso se opusera opulento fazendeiro daquele município, porque a passagem dos trilhos da estrada de ferro pelos seus terrenos os desvalorizaria, os inutilizaria, no seu entender. A solução seria, então, descer a serra. Mas, e os recursos financeiros para esse empreendimento? Para se solucionar o impasse, as figuras mais destacadas deste municípios e de Bicas se cotizaram e foram levar a Cerqueira Leite o numerário bastante para concretizar o ideal: ver varadas as terras são-joanenses e biquenses pela própria civilização, pelo caminho de ferro, permitindo se, assim fazer face à despesa com o caminhamento pela serra. Soma-se a isso o empenho de Cerqueira Leite em ver a Leopoldina atingindo nosso município, o que realmente se conseguiu com a inauguração da estação local em 24 de junho de 1.880.
O reconhecimento de nosso povo se fez sentir. Foram os são-joanenses até Sua Alteza – O Imperador Dom Pedro II e dele solicitaram concedesse ao Desembargador Pedro de Alcântara Cerqueira Leite o título de Barão de São João Nepomuceno, com o que realmente foi agraciado.
O Barão de São João veio a falecer em 24 de fevereiro de 1.883.
Homem de grande cultura, foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, mas, não se sabe se mais há de admirar nele a integridade moral, o saber, ou a modéstia, elevada a último grau.
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