Quando em 7 de janeiro de 1883 se instalava o município de São João Nepomuceno, muitas das vias públicas que rasgavam a cidade, já tinham denominação oficial. Eram assim as Ruas Coronel José Dutra, a Duque de Caxias, a de Nazareth, a Visconde do Rio Branco e muitas outras.
A pracinha onde se ergue o antigo edifício do Fórum e onde é hoje o Ginásio Dr. Augusto Glória, era conhecida como Largo Municipal e aquela em que se levanta o Grupo Escolar Cel. José Brás denominava-se Largo do Rosário.
Em uma das reuniões da Câmara Municipal, justamente a que se realizava em 12 de junho de 1889, alguns meses, portanto, antes da Proclamação da República, o vereador Dr. Henrique Vaz propôs e obteve a aprovação de seus pares, que, ao primeiro daqueles logradouros públicos, se desse o nome de Praça da Inconfidência e, ao segundo deles, o de Praça 13 de Maio.
Eram homenagens a dois momentos históricos da vida política nacional. De um lado reverenciava-se o movimento que fora o pródomo de nossa libertação e o segundo – a assinatura da Lei Áurea.
Um fato, no entanto, ocorreu e que alteraria por completo a estrutura da vida municipal. Desaparecida em 6 de fevereiro de 1896, em Barbacena, o Dr. Carlos Ferreira Alves, senador estadual, de quem o consagrado missionário Pe. Júlio Maria se referia com estas palavras.
"O mesmo Deus, que diz no Evangelho não haver maior prova de amor, que darmos por outrem a nossa vida, não contemplou sem compaixão, é certo, o médico sublime, que sacrificou a uma cidade sua mulher, seus filhos, sua própria vida", e que fora, como o é até hoje, a maior figura do cenário político são-joanense. Seu nome, na agitação da vida moderna, de quando em quando cai no olvido. Mas, quando se o retrata, ressurge, exuberante, em toda a sua grandeza, para se mostrar à posteridade, com todas as suas dimensões.
Entre as inúmeras provas de respeito e de saudade tributadas à sua memória, destaca-se a da colocação de seu nome em uma de nossa vias públicas.
Foi por isso que, em 1896 mesmo, se dava à então Praça da Inconfidência o nome de Praça Doutor Carlos Alves.
A sua irmã gêmea – a 13 de Maio – vivia uma vida diferente. O tempo, que tudo destroi, também fazia desaparecer a Igreja do Rosário, o velho Cruzeiro o antigo Cemitério, que ali havia. Algumas casas, casinhas pobres, davam-lhe ainda sinal de vida. Enquanto lá nas grimpas da Matriz voltavam-se os olhos para as cousas do alto, cá em baixo, na 13 de Maio, as cousas terrenas mereciam maior atenção.
Eis senão quando, em 7 de setembro de 1926, assoma o Governo do Estado o Presidente Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, nome que dividia a opinião pública local. Em mal pensado momento, um grupo de são-joanenses julgou dever mudar, "ad-referendum"do poder político, o nome da Praça 13 de Maio para "Praça dos Andradas". O fato, o mais lamentável da vida pública municipal, que deixaria o nome da cidade gravado na história de Minas, se escreveu com letras de sangue. Vidas preciosas se perderam, fato que se deveu à falta de serenidade dos homens públicos de nossa terra, que se deixaram levar pelos impulsos momentâneos, pelo desvario das multidões. Foi o marco, em última analise, mais doloroso da vida de São João Nepomuceno. Mas de pé, permaneceu o nome de Praça 13 de Maio.
Um fato curioso e até mesmo extravagante ocorria na toponímia em São João. Enquanto a Praça 13 de Maio se erguia majestosamente o busto de Cel. José Brás de Mendonça, na Praça Cel. José Brás se levantava imponente a herma de Carlos Alves; por seu turno, a Praça Carlos Alves estava de busto desnuda...
Nós mesmo, através as colunas de "Voz de São João", teríamos críticas ao fato e chamávamos a atenção dos ilustres vereadores à Câmara Municipal, mostrando as dificuldades e a confusão que gerava no espírito da nossa gente com aquela anomalia.
Atendendo aos nossos reclamos, o vereador Dario de Castro Medina apresentou à Câmara Municipal um projeto, que se transformou na lei n. 117, de 14 de fevereiro de 1953, harmonizando a situação. Assim, a antiga Praça Dr. Carlos Alves passou a se chamar 13 de Maio, aquela em que se ergue a figura em bronze de Cel. José Brás recebeu o seu próprio nome; e aquela que trazia o nome do antigo político são-joanense, mas, que tem a embeleza-la o trabalho do consagrado professor Correia Lima, teve o nome de Praça Dr. Carlos Alves.
A pracinha onde se ergue o antigo edifício do Fórum e onde é hoje o Ginásio Dr. Augusto Glória, era conhecida como Largo Municipal e aquela em que se levanta o Grupo Escolar Cel. José Brás denominava-se Largo do Rosário.
Em uma das reuniões da Câmara Municipal, justamente a que se realizava em 12 de junho de 1889, alguns meses, portanto, antes da Proclamação da República, o vereador Dr. Henrique Vaz propôs e obteve a aprovação de seus pares, que, ao primeiro daqueles logradouros públicos, se desse o nome de Praça da Inconfidência e, ao segundo deles, o de Praça 13 de Maio.
Eram homenagens a dois momentos históricos da vida política nacional. De um lado reverenciava-se o movimento que fora o pródomo de nossa libertação e o segundo – a assinatura da Lei Áurea.
Um fato, no entanto, ocorreu e que alteraria por completo a estrutura da vida municipal. Desaparecida em 6 de fevereiro de 1896, em Barbacena, o Dr. Carlos Ferreira Alves, senador estadual, de quem o consagrado missionário Pe. Júlio Maria se referia com estas palavras.
"O mesmo Deus, que diz no Evangelho não haver maior prova de amor, que darmos por outrem a nossa vida, não contemplou sem compaixão, é certo, o médico sublime, que sacrificou a uma cidade sua mulher, seus filhos, sua própria vida", e que fora, como o é até hoje, a maior figura do cenário político são-joanense. Seu nome, na agitação da vida moderna, de quando em quando cai no olvido. Mas, quando se o retrata, ressurge, exuberante, em toda a sua grandeza, para se mostrar à posteridade, com todas as suas dimensões.
Entre as inúmeras provas de respeito e de saudade tributadas à sua memória, destaca-se a da colocação de seu nome em uma de nossa vias públicas.
Foi por isso que, em 1896 mesmo, se dava à então Praça da Inconfidência o nome de Praça Doutor Carlos Alves.
A sua irmã gêmea – a 13 de Maio – vivia uma vida diferente. O tempo, que tudo destroi, também fazia desaparecer a Igreja do Rosário, o velho Cruzeiro o antigo Cemitério, que ali havia. Algumas casas, casinhas pobres, davam-lhe ainda sinal de vida. Enquanto lá nas grimpas da Matriz voltavam-se os olhos para as cousas do alto, cá em baixo, na 13 de Maio, as cousas terrenas mereciam maior atenção.
Eis senão quando, em 7 de setembro de 1926, assoma o Governo do Estado o Presidente Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, nome que dividia a opinião pública local. Em mal pensado momento, um grupo de são-joanenses julgou dever mudar, "ad-referendum"do poder político, o nome da Praça 13 de Maio para "Praça dos Andradas". O fato, o mais lamentável da vida pública municipal, que deixaria o nome da cidade gravado na história de Minas, se escreveu com letras de sangue. Vidas preciosas se perderam, fato que se deveu à falta de serenidade dos homens públicos de nossa terra, que se deixaram levar pelos impulsos momentâneos, pelo desvario das multidões. Foi o marco, em última analise, mais doloroso da vida de São João Nepomuceno. Mas de pé, permaneceu o nome de Praça 13 de Maio.
Um fato curioso e até mesmo extravagante ocorria na toponímia em São João. Enquanto a Praça 13 de Maio se erguia majestosamente o busto de Cel. José Brás de Mendonça, na Praça Cel. José Brás se levantava imponente a herma de Carlos Alves; por seu turno, a Praça Carlos Alves estava de busto desnuda...
Nós mesmo, através as colunas de "Voz de São João", teríamos críticas ao fato e chamávamos a atenção dos ilustres vereadores à Câmara Municipal, mostrando as dificuldades e a confusão que gerava no espírito da nossa gente com aquela anomalia.
Atendendo aos nossos reclamos, o vereador Dario de Castro Medina apresentou à Câmara Municipal um projeto, que se transformou na lei n. 117, de 14 de fevereiro de 1953, harmonizando a situação. Assim, a antiga Praça Dr. Carlos Alves passou a se chamar 13 de Maio, aquela em que se ergue a figura em bronze de Cel. José Brás recebeu o seu próprio nome; e aquela que trazia o nome do antigo político são-joanense, mas, que tem a embeleza-la o trabalho do consagrado professor Correia Lima, teve o nome de Praça Dr. Carlos Alves.
Autor do texto:Dr.José de Castro Azevedofoto
1 : Praça 13 de Maio - acervo Eduardo Ayupefoto
2 : Praça Dr. Carlos Alves - acervo José Carlos Barroso
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