"Há na força do passado a alegria e o consolo das ressurreições."
(Texto de autoria do Dr. José de Castro Azevedo, lido em 1964, nos microfones da ZYV-39, e no Jornal Voz de São João).
Quando se comemorava o Cinqüentenário da Proclamação da República Brasileira, um movimento patriótico, sob a inspiração do Governo Federal, sacudiu o país de norte a sul. Visava a salientar-se a figura de Floriano Peixoto, a quem a História houvera cognominado de Consolidador da República
São João não se equivocou àquelas homenagens ao Marechal de Ferro e ligou seu nome ao Largo existente no princípio da Rua Capitão Braz, entre esta e a linha férrea da Leopoldina. Para tanto, pelo decreto nº 32, de 14 de novembro de 1939, o prefeito Agenor Henriques Soares manifestou-se favorável à sugestão do poder público federal.
Praça Floriano Peixoto - o mais interessante é que no local não existe uma praça.
São unânimes em afirmar os historiadores que, apesar de tantos anos passados, ainda dividem-se os brasileiros em duas correntes, na apreciação da personalidade do Marechal Floriano Peixoto à daqueles que o julgam um traidor do Trono, "que faltara à confiança de Ouro Preto, que falhara no cargo em que estava, que não cumprira com seu dever de defender o governo, que confiava inteiramente em sua atuação", e a outra - a dos florianistas, os republicanos, para quem era "o herói, que evitara derramamento de sangue que impedira uma luta fratricida e que, em dado momento, conseguira salvar a República, conseguira consolidar a República. ("A História do Brasil", de Sérgio D. T. Macedo)
Era Floriano Peixoto um alagoano desconfiado, ensimesmado, de pouca cultura e se houvera distinguido nos campos de batalha, principalmente na Guerra do Paraguai. Euclides da Cunha já o chamara de Esfinge.
Salienta-se que Floriano era pessoa de confiança de Ouro Preto, presidente do último Conselho de Ministros, no Império, ocupando o elevado cargo de Ajudante General do Exército, alías, diga-se, o mais elevado cargo de confiança do governo. Acredita-se, no entanto, que estivera envolvido na trama que desejava a queda da Coroa, usando, para isso, de métodos de dissimulação, só exteriorizando sua real posição no instante em que caía o regime.
Sucedeu ao Marechal Deodoro da Fonseca na Presidência da República, na qualidade de Vice-Presidente, e sua atuação, naquela fase da vida nacional, foi das mais brilhantes.
Assim é que terminada sua posse, levantou o estado de sítio, que Deodoro havia decretado, restabelecendo o Congresso, dissolvido por seu antecessor, determinando que o mesmo voltasse a se reunir. Ao assim proceder, fazia desaparecer as áreas de atrito, permitindo o retorno da paz aos lares brasileiros.
Mas, se por um lado assim agia, por outro, não deixava esconder o espírito ditatorial de que era possuído, provocando a queda dos governos estaduais, substituindo-os por militares. Com isso, os pontos de fricção ressurgiram. Cindiu-se o Congresso Nacional. Movimentos de insurreição despontaram. A rebelião das Fortalezas de Santa Cruz e da Laje é uma das provas disso. Depois veio a rebeldia no Rio Grande do Sul. O levante da Marinha, sob o comando do Almirante Custódio José de Melo, e a adesão posterior de Saldanha da Gama, comandante da Escola Naval, foi outro movimento sedicioso que assinalou o Governo de Floriano Peixoto.
Registra a História os atos de selvageria que foram utilizados pelas tropas florianistas - verdadeiras chacinas, não se podendo mesmo esconder os pelotões de fuzilamento, que tiveram por palco o Estado do Paraná.
Todas essas rebeliões foram sufocadas por Floriano Peixoto com um pulso férreo, com uma vontade férrea, surgindo daí, para ele, o cognome de Marechal de Ferro. Não fora assim, pode-se mesmo até admitir a volta ao regime anterior, o retorno ao regime imperial. Mas, a decisão firme de nosso segundo Presidente permitiu que a República se firmasse, se consolidasse. Passou, por isso, à História como o Consolidador da República. A Deodoro cabem as glórias da Proclamação, da implantação de um novo regime, a Floriano - a Consolidação dele.
São João não se equivocou àquelas homenagens ao Marechal de Ferro e ligou seu nome ao Largo existente no princípio da Rua Capitão Braz, entre esta e a linha férrea da Leopoldina. Para tanto, pelo decreto nº 32, de 14 de novembro de 1939, o prefeito Agenor Henriques Soares manifestou-se favorável à sugestão do poder público federal.
Praça Floriano Peixoto - o mais interessante é que no local não existe uma praça.
São unânimes em afirmar os historiadores que, apesar de tantos anos passados, ainda dividem-se os brasileiros em duas correntes, na apreciação da personalidade do Marechal Floriano Peixoto à daqueles que o julgam um traidor do Trono, "que faltara à confiança de Ouro Preto, que falhara no cargo em que estava, que não cumprira com seu dever de defender o governo, que confiava inteiramente em sua atuação", e a outra - a dos florianistas, os republicanos, para quem era "o herói, que evitara derramamento de sangue que impedira uma luta fratricida e que, em dado momento, conseguira salvar a República, conseguira consolidar a República. ("A História do Brasil", de Sérgio D. T. Macedo)
Era Floriano Peixoto um alagoano desconfiado, ensimesmado, de pouca cultura e se houvera distinguido nos campos de batalha, principalmente na Guerra do Paraguai. Euclides da Cunha já o chamara de Esfinge.
Salienta-se que Floriano era pessoa de confiança de Ouro Preto, presidente do último Conselho de Ministros, no Império, ocupando o elevado cargo de Ajudante General do Exército, alías, diga-se, o mais elevado cargo de confiança do governo. Acredita-se, no entanto, que estivera envolvido na trama que desejava a queda da Coroa, usando, para isso, de métodos de dissimulação, só exteriorizando sua real posição no instante em que caía o regime.
Sucedeu ao Marechal Deodoro da Fonseca na Presidência da República, na qualidade de Vice-Presidente, e sua atuação, naquela fase da vida nacional, foi das mais brilhantes.
Assim é que terminada sua posse, levantou o estado de sítio, que Deodoro havia decretado, restabelecendo o Congresso, dissolvido por seu antecessor, determinando que o mesmo voltasse a se reunir. Ao assim proceder, fazia desaparecer as áreas de atrito, permitindo o retorno da paz aos lares brasileiros.
Mas, se por um lado assim agia, por outro, não deixava esconder o espírito ditatorial de que era possuído, provocando a queda dos governos estaduais, substituindo-os por militares. Com isso, os pontos de fricção ressurgiram. Cindiu-se o Congresso Nacional. Movimentos de insurreição despontaram. A rebelião das Fortalezas de Santa Cruz e da Laje é uma das provas disso. Depois veio a rebeldia no Rio Grande do Sul. O levante da Marinha, sob o comando do Almirante Custódio José de Melo, e a adesão posterior de Saldanha da Gama, comandante da Escola Naval, foi outro movimento sedicioso que assinalou o Governo de Floriano Peixoto.
Registra a História os atos de selvageria que foram utilizados pelas tropas florianistas - verdadeiras chacinas, não se podendo mesmo esconder os pelotões de fuzilamento, que tiveram por palco o Estado do Paraná.
Todas essas rebeliões foram sufocadas por Floriano Peixoto com um pulso férreo, com uma vontade férrea, surgindo daí, para ele, o cognome de Marechal de Ferro. Não fora assim, pode-se mesmo até admitir a volta ao regime anterior, o retorno ao regime imperial. Mas, a decisão firme de nosso segundo Presidente permitiu que a República se firmasse, se consolidasse. Passou, por isso, à História como o Consolidador da República. A Deodoro cabem as glórias da Proclamação, da implantação de um novo regime, a Floriano - a Consolidação dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário