SÃO JOÃO NEPOMUCENO - JAN NEPOMUCKY

134 ANOS OU 173 ANOS?



Por José Carlos Barroso

Desde que começamos a estudar profundamente a historia de nosso Município muito nos intrigou as controvérsias de datas, até que levado pelas explicações e estudos do historiador e professor Cláudio Heleno Machado, resolvemos suscitar questões, sabedores de que qualquer atitude poderia estar revolucionando uma historia contada há tempos nos bancos escolares.

Foi como Superintendente da Fundação Cultural São João Nepomuceno, e no ano de 2003, que escrevendo a história do Município, seus grandes vultos, e suas instituições através dos tempos, além de algumas curiosidades, com as quais nos deparamos ao longo de nosso trabalho, é que propusemos uma reconstrução, um resgate mesmo, dos fatos históricos esperando que nossas autoridades aceitassem nossas posições e ponderações em torno da questão e se unissem e comungassem conosco desse esforço.

Infelizmente assim não entenderam, e todo o nosso esforço, foi interrompido, até que somente agora no ano de 2010, que a Fundação Cultural, acatando os nossos estudos e, ainda do historiador André Cabral, aquela proposição revolucionaria da história foi levada até nossa Câmara de Vereadores, quando então vimos coroada nossa proposição, isto em 29 de abril de 2010.

Não passam elas de simples afirmações evasivas e desconexas, são todas oriundas de profunda pesquisa e estudo além de serem embasadas no relato e conhecimento de grandes nomes e de importantes historiadores, como o Cônego Raimundo Trindade, Celso Falabella de Figueiredo Castro, Dr. José de Castro Azevedo, Dr. Paulo Roberto Medina, Padre Dr. José Vicente César, Professor Cláudio Heleno Machado, Professor Antonio Henrique Duarte Lacerda do Arquivo Público de Juiz de Fora, e agora André Cabral, dentre outros, todos amparados por rica bibliografia oriunda de arquivos, jornais e livros.

O importante é que não esmorecemos e, sempre esperamos, que nossas autoridades permanecessem solidárias à nossa proposta e pudessem endossá-las unindo esforços na tentativa de reconstrução e recuperação da história de nossa São João Nepomuceno

Para que nossos jovens, e crianças em particular pudessem ter em mãos um compêndio contendo um pouco de nossa história, para suas pesquisas, e conhecimento, e que nossos professores deste trabalho se utilizassem para seus estudos e informações profissionais, apresentamos no ano de 2003 no Jornal O SUL DA MATA, a primeira edição dessa historia tão rica.


E foi com este mesmo pensamento que abraçamos a ideia e que só agora entregamos a todos por este blog São João Nepomuceno (JAM NEPOMUCKY como o fruto de uma união de pensamentos e esforços.

domingo, 27 de maio de 2012

O ENSINO MÉDIO



Por Ubi Barroso Silva, com

comentários de José Carlos Barroso




Por ocasião da IV Exposição Agropecuária e Industrial de São João Nepomuceno, ocorrida de 11 a 18 de maio de 1975 o Professor Ubi Barroso Silva um dos Diretores dos Colégios: São João Nepomuceno, Comercial São João Nepomuceno, e Normal Dona Prudenciana, apresentou um breve histórico do ensino secundário em nossa terra, histórico esse que foi ofertado aos visitantes daquele evento.
Na ocasião os tradicionais Colégios são-joanenses eram apresentados a todos os que visitavam São João Nepomuceno em um stand montado no parque de exposições.
Escreveu assim o professor Ubi Barroso Silva:

Na historia de nossa casa de ensino retrocedemos ao ano de 1912.
Dona Prudenciana Faustina de São José, proprietária rural de renome e de tradicional família são-joanense, figura de proa na sociedade de então, senhora de acrisoladas virtudes, sentiu que São João Nepomuceno necessitava de um curso, que desse continuação, que completasse o primário.   

Dona Prudenciana Faustina de São José nasceu em 08 de agosto de 1853, em plena época da escravatura. Era filha de Domingos Henriques de São Nicácio e de Maria Balduina Pereira Alvim. Seu avô paterno Domingos Henriques de Gusmão foi um dos fundadores de São João Nepomuceno e ai todo o seu desprendimento e caráter de benemerência e idealismo.
Dona Prudenciana casou-se com o viúvo Comendador José Soares Valente Vieira, e desse casamento lhe veio uma única filha Francisca Cristina Soares (que conhecida também por sua bondade era por todos chamada de Tia Chiquinha) casada com José Henriques Pereira Brandão, o Coronel Zeca Henriques. Líder político, vereador e agente executivo em São João Nepomuceno no período de 1906 a 1912, tendo sido figura de destaque na instalação do ensino médio e construção do edifício para abrigar a Escola Normal.

Dona Prudenciana faleceu em 07 de dezembro de 1933 aos oitenta anos


Para a consecução de sua idéia, reuniu ela a apreciável soma de $40:000.000 (quarenta mil reis) e iniciou a construção de um sólido edifício que seria a sede do curso secundário em nossa terra.
Para a sua construção contou com o auxilio de outra figura exponencial de nosso passado, uma das glorias de nosso município; o Dr. Augusto Gloria Ferreira Alves, figura de reais méritos, de grande cultura e de valor inexcedível.

O Professor Ubi contando-nos a participação do Dr. Augusto Gloria na construção do edifício relatou-nos que pode ser creditado ao mesmo o desenho da fachada do prédio (hoje uma confecção) e que toda ela se envolve de curiosidades como a sua simetria e a abertura entre o forro e a parte superior das paredes das salas de aula facilitando assim a refrigeração uma vez por ali saia o ar quente. Outro fato interessante também é que no interior do prédio foi construído um jardim em estilo romano, o que tornava as salas mais claras e refrigeradas naturalmente proporcionando conforto ao aluno e professor. 

Construiu-se o edifício e, em 1913, sob a denominação de Ginásio São Salvador iniciaram-se as aulas do curso normal apenas.
Em 23 de setembro de 1913, pelo decreto 4.014 do Governo Estadual, foi o curso normal reconhecido “com todas as regalias da Escola Normal da Capital”. Em 14 de outubro de 1913 pelo Decreto nº 4.28, foi mudado o nome de Ginásio São Salvador para o de Escola Normal Dona Prudenciana, em homenagem àquela que, à custa de sacrifício enorme, tudo fizera para que seu alevantado ideal se tornasse realidade.
D. Prudenciana Faustina de São José, espírito muito evoluído e avançado para a época, figura que não pertencia aos meios culturais, educacionais, ou políticos da cidade, numa visão incomum, como que inspirada por sopro divino se propõe a realizar obra de tal envergadura. A ela, ao seu desprendimento, ao seu amor ao município, todos nó muito devemos e, respeitosamente, homenageamos neste momento sua memória.
Denominou-se, pois, GINÁSIO SÃO SALVADOR, e de 1912 a 1913 foram seus dirigentes Raimundo Tavares e Francisco José da Paixão.
De 1914 a 1920, foram seus diretores sucessivamente, os professores Francisco José da Paixão, Emanuel de Aguiar, José James Zig Zag, Padre Teófilo Bento Salgado e Antonio Regis de Oliveira, conservando-se os nomes de ESCOLA NORMAL DONA PRUDENCIANA E GINÁSIO SÃO SALVADOR, pois já então funcionava aqui o antigo curso Ginasial.
Em 1920, o professor Antonio Regis de Oliveira, vendeu o colégio para o INSTITUTO LA-FAYETTE, que fez sua filial até o ano de 1922, inclusive com o nome de INSTITUO LA-FAYETTE, Sucursal de São João Nepomuceno. Em 1923, fechou-se o curso ginasial, continuando-se o curso normal.
Em 1924 foi adquirido pelo Dr. André Dumourtut, que o reabriu ainda com o nome de GINASIO SÃO SALVADOR, que depois passou a denominação de GINÁSIO MUNICIPAL DE SÃO JOÃO NEPOMUCENO, nome que funcionou até 1930 inclusive.
Em 1930 novo lapso ocorreu na vida do GINASIO SÃO SALVADOR, Foi ele novamente fechado, continuando a Escola Normal que nunca teve solução de continuidade.
Desde o período de 1920ª 1930, o GINÁSIO SÃO SALVADOR, gozou do prestigio das bancas examinadoras do Departamento Nacional de Ensino.
Em fins de 1924 tornou-se proprietário do estabelecimento o Professor Alberto Álvaro Pacheco, que o reabriu com o nome de INSTITUTO SÃO JOÃO tendo requerido e obtido DO Ministro da Educação a sua inspeção preliminar pelo processo nº.12.508 do MEC.
Exerceram as funções de diretores técnicos e administrativos além do proprietário Alberto Álvaro Pacheco, os professores, José Miguel Pacheco, Antonio Filipe Galvão e Dr.Altair Lisboa de Andrade.

Dr.Altair Lisboa de Andrade, mais tarde e por merecimento foi promovido para a comarca de Laginha e, imediatamente removido para esta comarca, em data de 2 de janeiro de 1956, como Juiz de Direito deixando o exercício em 30 de março de 1959.

Em 1942, de acordo com o artigo 5º da Lei Orgânica do Ensino Secundário, passou a denominar-se GINASIO SÃO JOÃO NEPOMUCENO, conservando a ESCOLA NORMAL DONA PRUDENCIANA, o seu nome.
Em janeiro de 1945, adquiriram em condomínio a propriedade do GINASIO SÃO JOÃO NEPOMUCENO e da ESCOLA NORMAL DONA PRUDENCIANA, os professores Dr. Rui Barroso Silva e Nilo Camilo Ayupe.
Em 1946, estes professores requereram ao então Ministério da Educação e Saúde, o funcionamento do curso de comercio, fundando-se pela portaria nº 545 de 26.09/ 46 a ESCOLA TECNICA DE COMERCIO SÃO JOÃO NEPOMUCENO, ficando o patrimônio da casa enriquecido com mais este curso.
Em outubro de 1949afastou-se da direção o professor Nilo Camilo Ayupe, adquirindo a sua parte os professores Ubi Barroso Silva e Ari Barroso Silva, passando a sociedade a ser dirigida pelos três irmãos.
Em 1952, deixa a sociedade o professor Ari Barroso Silva ficando a direção apenas sob a responsabilidade dos irmãos Rui Barroso Silva e Ubi Barroso Silva, os quais ali se acham até o presente.
Em virtude de nova Lei Orgânica do Ensino Secundário de nº 4.024 de 20.03.61, a então Escola Normal Dona Prudenciana passou a denominar-se COLÉGIO NORMAL DONA PRUDENCIANA e a Escola de Comercio São João Nepomuceno, passou a chamar-se COLÉGIO COMERCIAL SÃO JOÃO NEPOMUCENO.
Em 1970, pleiteou-se e conseguiu-se a atual diretoria a fundação do Curso Cientifico, que foi oficializado pela Portaria 207 de 13.03.70, do MEC, enriquecendo-se mais uma vez o patrimônio dos cursos, passando, dessa forma o então Ginásio São João Nepomuceno à denominação de Colégio São João Nepomuceno.
Com o advento da lei nº 5692, de 11 de agosto de 1971, todos os cursos passaram para a órbita estadual e pelas resoluções de números 590/74 de 16.04.74 e 589/74 de 16.04.74, o Colégio São João Nepomuceno e o Colégio Comercial São João Nepomuceno, foram reconhecidos pela Secretaria de Estado da Educação, como integrantes da Rede Estadual de Ensino.
A atual diretoria desde que iniciou suas atividades procurou por todos os modos e meios melhorar as instalações do prédio, dota-lo de mais conforto e, o que é mais importante procurou a especialização de seu pessoal docente que hoje é de real mérito e de aprimorada cultura.
Nessa linha de pensamento, nesse modo de agir substancial reforma foi efetuada no antigo prédio procurando conservar tudo como era dantes, mas construindo – se acréscimos no prédio primitivo e melhorando-se o que já existia.
Novo material didático foi adquirido, novo mobiliário que substitua o antigo esta paulatinamente sendo comprado a fim de que os alunos tenham maior conforto e possam ter maior aproveitamento.
As instalações sanitárias foram completamente remodeladas, construindo-se tudo em nova área, aproveitando-se as áreas velhas para a construção de novas salas de aula, dada a demanda cada vez maior, pois o numero de alunos aumentou sensivelmente.
Maquinário moderno que atenda as necessidades dos serviços de secretaria e tesouraria foi adquirido e procura-se a todo instante a modernização dos métodos de ensino, de orientação e administração.  
No corrente ano letivo (1975) para melhorar mais o nível intelectual dos alunos do Colégio São João Nepomuceno, foi requerido pela diretoria um novo curso profissionalizante dentro da filosofia da nova lei 5.692: o Auxiliar de Laboratorista de Análise Química, processo ainda em andamento no egrégio Conselho Estadual de Educação, e como reforço das aulas do referido curso, que veio substituir o ex-cientifico, dentro da mentalidade profissionalizante da nova lei, adotamos os métodos de ensino do curso CAVE – CAVEME de Juiz de Fora dele recebendo orientação, testes, provas, apostilas, etc. Tudo é executado como nos grandes centro, sendo as provas a que são semanalmente submetidos os alunos, corrigidas por computação eletrônica, em Juiz de Fora.
Pensa a atual diretoria, e para isto está dando os passos iniciais, na implantação aqui de um curso superior, com a fundação de uma Faculdade de Ciências Contábeis como passo inicial, partindo-se daí para a formação de outros cursos também de ensino superior.
Um capitulo a parte de nossa organização são os esportes e a fanfarra de que é dotada o Colégio.
Quando da realização do 1º JECA (Jogos Estudantis de Cataguases) promovido pela Diretoria de Esportes do Estado de Minas Gerais, nossos alunos competiram com outros de várias cidades e conseguimos arrebanhar cerca de 70 (setenta) medalhas e 13 (treze) troféus o que atesta o alto nível de nossos atletas. Pena é que a Diretoria de Esportes não tenha persistido no plano inicial de repetir tais disputas anualmente.
A fanfarra que abrilhanta todos os anos a abertura da Exposição Agropecuária e comanda nossos desfiles, está atualmente com cerca de cem participantes, todos muito bem treinados e perfeitamente entrosados, muita ordem, muita disciplina, muito garbo se vê nos alunos que a compõem.

A fanfarra do Instituto Barroso era verdadeiramente a grande atração das aberturas da Exposição Agropecuária, de São João Nepomuceno, chegando até a se apresentar em Belo Horizonte, em Juiz de Fora, em Ubá por diversas ocasiões, e nas aberturas de suas exposições, em Leopoldina também durante as suas exposições, em Santana do Deserto, em Descoberto, em Rochedo de Minas.
O vinho e o branco e o ouro era o destaque, que reluzia entre o rufar dos tambores, e nos toques das cornetas, liras e flautas, apresentando um repertorio próprio para fanfarras, e ainda musicas do folclore brasileiro e da musica popular.
As ginastas e balizas davam o toque feminino importante as suas apresentações.
De igual importância era o conjunto que se entrelaçava a cada apresentação, sendo uma escola de civismo e de amizade pura e sincera que perdura até a presente data.
Para se compreender o seu sucesso é interessante conhecer a sua historia, que pode ser contada por seus integrantes e, não há um desfile na atualidade que os comentários partem do povo nesse sentido. São muitas as historias e muitos os personagens, todos comandados pelo Professor Helio Roberto Barroso Silva, com a nossa humilde colaboração, já que de musica sei apenas apreciar.


Aqui se trabalha com afinco e com interesse de melhorar sempre, e mercê de Deus, temos conseguido ótimos resultados nos vestibulares a que submetem nossos alunos nas mais diversas Universidades do País. É-nos grato dizer, porém difícil de enumerar que muitos alunos de nossas casas hoje galgam postos de importância vital em grandes empresas, em Bancos, em Autarquias, enfim em todos os setores da vida nacional.     
E tudo isso é conseguido porque nosso pessoal docente é cuidadosamente escolhido, dele fazendo parte 26 pessoas gabaritadas e de reconhecida capacidade moral e intelectual, que se esmeram nas aulas dos conteúdos específicos sob sua regência. Seis outros auxiliares, cada um em sua função compõem o quadro de funcionários dos estabelecimentos.
E dessa forma vão o Colégio São João Nepomuceno, o Colégio Normal Dona Prudenciana e o Colégio Comercial São João Nepomuceno, cumprindo o seu destino histórico, trabalhando a sessenta e dois anos pelo engrandecimento do nosso povo, dando-lhe a luz do saber, pois sabemos que o progresso, o desenvolvimento de nossa terra e de nosso querido Brasil, somente se dará com o aprimoramento da cultura de nosso povo.
Somos gratos a Deus que nos deu a oportunidade de podermos trabalhar para que nosso Município cresça cada vez mais e que se firme definitivamente no cenário nacional.

São João Nepomuceno, 11 de maio de 1975.

Ubi Barroso Silva
   

A partir de então os Colégios passaram a integrar o nome de fantasia INSTITUTO BARROSO, e sua diretoria não mediu esforços para que a excelência na educação fosse uma constante, quando então requereu junto a Secretaria de Estado da Educação os cursos de Estudos Adicionais em Português e depois em Educação Pré-Primária, equivalendo ao 4ª série do curso normal.
Como tudo foi resultado de uma grande luta, onde interesses escusos permeavam o caminho daquele tradicional educandário, o interesse da derrocada, as perseguições gratuitas se intensificaram, chegando-se então as raias da incompreensão total, onde a divisão passou a fazer parte da inteligência de alguns políticos, que por interesses particulares, ensejavam dividir com intuito de somar, como se isso fosse possível, passaram a contrariar até as ciências exatas.
Sinceramente esta é uma pagina da historia, que não gostaríamos de estar contando, passados tantos anos, mas os fatos mesmo que tristes tem que se dar conhecer, porque a historia não permite interstícios de desconhecimento.
As lacunas não podem existir neste contexto e, a cada solapada em suas estruturas era um passo certeiro para um triste final, que pude sustentar sozinho, já que todos os pilares daquela casa já haviam partido.
Primeiro o Dr. Rui Barroso, depois o seu irmão Ubi Barroso Silva (+1988), depois a sua esposa Dila Henriques Barroso (+1992).
A partir de então passaram a dirigir o centenário estabelecimento de ensino os professores José Carlos Henriques Barroso e, Luiz Otavio Barroso Silva.  
A tudo e a todos se somaram o desconhecimento de causa, os interesses recônditos e, não foi fácil reunir com funcionários e pais para informar o encerramento das atividades de um educandário, que lânguido pelas dificuldades intrínsecas e financeiras.
Chegava ao seu final uma vida de dedicação plena, de historia de sucessos. Os sustentáculos já haviam partido, e confesso que fico grato a Deus por não ter permitido assistir a desilusão e a desventura de mais uma pagina da historia virada.
Se fomos fracos, ou fortes talvez um dia o tempo nos dirá, mas lhes confesso jamais senti pressão tão forte, jamais assisti momentos de inimaginável tristeza.
Nunca mais tive vontade de voltar à casa grande da colina da esperança, porque essa tristeza eu jurei não me permitir passar.
Hoje é apenas a casa grande que prazerosamente teve seus momentos de gloria onde pudemos viver e sonhar livre da opressão dos tempos de senzala.
Hoje convivo honrosamente com os testemunhos dos agradecidos pelos ensinamentos de meus pais, pois não há um dia sequer que eles não são lembrados pelo povo desta amada terra, o que me faz lembrar sempre de uma frase que meu pai costumava nos dizer: A MAIOR VIRTUDE DE UM HOMEM É A GRATIDÃO.
Obrigado meu Deus por ter me proporcionado participar de tão rica historia!   


3 comentários:

  1. Amigo Jose Carlos! Parabéns pela postagem!
    Na oportunidade, tomo a liberdade de narrar novamente esta minha estranha experiência que aconteceu no ano 2009:
    “Fui pela primeira vez, desde o seu fechamento, ao prédio de nosso saudoso ginásio “Do Sôbi”, para fazer a devolução de uma calça, que minha filha havia comprado. Como todos sabem, no local hoje, funciona uma grande e importante confecção de nossa cidade.
    Assim, subindo vagarosamente as escadas, cheguei onde antes funcionava a secretaria. Por sinal, em nada me fez lembrar o antigo lugar.
    Pedindo então à simpática funcionaria, para que pudesse dar uma rápida olhadinha na parte interna do prédio, fui prontamente atendido! Por sorte, sabia de antemão, que seu interior teria sido todo modificado.
    E lá fomos nós, até chegarmos mais ou menos, onde seria o final do antigo corredor de entrada. Pra ser mais exato: próximo ao local em que ficava aquela famosa porta do tipo faroeste.
    Então, após uma breve olhada, mentiria se dissesse não ter ficado feliz ao observar a fisionomia de dezenas de funcionários, que alegremente trabalhando, estavam ali ganhando o seu pão de cada dia.
    Da mesma forma, mentiria também, se dissesse, não ter sido capaz de visualizar outra coisa, a não ser aquele inesquecível Jardim Central, ladeado pelas varandas internas, com seus imensos portais que davam acesso às salas de aula.
    Para minha felicidade, meu inconsciente, talvez num ato de extrema rejeição, me foi capaz naquele momento, de compor um belo quadro, fazendo com que aquelas pessoas que ali estavam, passassem a fazer parte de uma cena imaginária, junto com minha lembrança do passado.
    E assim, feliz da vida, comecei a descer a famosa Colina da Esperança, carregando comigo a gostosa sensação de ter acabado de assistir a ultima aula.”.

    Serjão Missiaggia

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  2. Meu amigo José Carlos,como o Serjão eu também guardo ótimas lembranças do tempo em que fui aluno do Instituto Barroso.Formando-me no curso Ginasial ,no " Augusto Glória" que funcionava perto de minha casa,chegara a hora de partir para voos mais altos,pois era minha intenção seguir os estudos,já pensando em,depois,igressar no Curso Superior.Ficava para trás o ano de 1970 e eu já me sentia ansioso por conhecer aquele educandário onde muitos de meus amigos estudavam e que havia criado o Curso Científico,escolhido por mim para me preparar para a difícil tarefa de chegar à Universidade bem preparado.E foi o Instituto Barroso que me proporcionou alguns dos mais felizes anos de minha vida,coroados com a vitória no vestibular do Curso de Direito,na Universaidade Federal de Juiz de Fora,classificando-me em 9º lugar,sem ter frequentado nenhum dos famosos cursinhos pré-vestibulares na época existentes em Juiz de Fora,que vários de meus amigos frequentaram.Eu não,juntamente com alguns colegas que insistiram em ficar em São João,tive a honra de ter feito todos os meus preparativos no nosso amado e inesquecível Instituto Barroso.Quanta saudade!Um abraço,meu amigo José Carlos.Mais não consigo escrever,pois as lágrimas me afloram aos olhos ao lembrar-me de tantas pessoas excelentes com as quais tive o prazer de conviver,uma delas,em primeiríssimo lugar,o seu pai Ubi Barroso Silva,em quem encontrei um dos maiores exemplos de vida.

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  3. Meus prezados amigos Serjão e Nilson:

    Depois de tantos anos e desde o encerramento das atividades do Instituto Barroso aquece o meu coração as palavras de vocês.
    Entendo que a grandeza dessa casa de ensino está no coração de vocês, como de tantos outros que a cada dia manifestam as suas recordações e carinhos.
    Por este motivo sangra esse velho coração ao lembrar que os políticos da época, que podiam ter feito algo se puseram inertes, cruzando os braços e fechando os olhos, e assim deixaram encerrar as suas atividades uma das escolas mais tradicionais de Minas Gerais e, verdadeiramente nos transformando em orfãos, e soterrando uma das mais belas historias de um tempo soberano de nossas vidas.
    Porém me enche de orgulho saber o significado daquele educandário na vida do são-joanense, como de tantos que nos ajudaram a construir uma historia, apesar das intenções contrarias.
    Agradecido imensamente muito me honra os depoimentos de vocês sobre a importância de meu pai no contexto da vida.
    Abraço-os agradecido saudoso daquele bons tempos.

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CAPELINHA DE SANTO ANTONIO 1925

CAPELINHA DE SANTO ANTONIO 1925

CAPELINHA DE SANTO ANTONIO

CAPELINHA DE SANTO ANTONIO

NOSSAS MONTANHAS

NOSSAS MONTANHAS
UAI! SÃO AS MONTANHAS DE MINAS

TURMA DA 8ª SÉRIE DA E.M.CORONEL JOSÉ BRAZ

TURMA DA 8ª SÉRIE DA E.M.CORONEL JOSÉ BRAZ

SEM PALAVRAS!

SEM PALAVRAS!

A FABRICA DE TECIDOS

A FABRICA DE TECIDOS
FUNDADA EM 1895

ESCOLA CENTENÁRIA

ESCOLA CENTENÁRIA
ESCOLA MUNICIPAL CORONEL JOSÉ BRAZ

FANFARRA DO INSTITUTO BARROSO

FANFARRA DO INSTITUTO BARROSO
EM SEU INICIO

VISTA PARCIAL

VISTA PARCIAL
vista da matriz -São João a noite

A PREFEITURA HOJE

A PREFEITURA HOJE

O SOBRADO DE DONA PRUDENCIANA

O SOBRADO DE DONA PRUDENCIANA
O que restou da historia? UMA FOTO!!!