DISTRITO
DE TARUAÇU E ÁREAS RURAIS ADJACENTES:
O distrito está
situado a 13 quilômetros da sede da cidade, é cortado pelo ribeirão do Tambor e
apresenta relevo montanhoso onde se destaca a Serra do Taruaçu. Sua
configuração urbana apresenta em destaque a Igreja Matriz no topo da colina
ocupada por aproximadamente 140 edificações contemporâneas.
Seu acervo compõe
de estruturas arquitetônicas de sistemas construtivos simples como edificações
coloniais e a principal edificação da localidade, a Igreja Nossa Senhora das
Dores de Taruaçu. A construção possui sinos externos, altar-mor e retábulos
laterais em madeira policromada, além de importante acervo de imaginária e
alfaia. Quanto aos arquivos merecem registro os arquivos da Casa Paroquial e o
acervo documental do Cartório de Notas e do Registro Civil do Distrito de
Taruaçu.
A edificação
religiosa implanta-se em adro aberto em forte aclive, conforme toda a
topografia do distrito de Taruaçu. Somente na parte posterior do templo a rua
fica no mesmo nível da edificação, formando aí um pequeno largo Ela é revestida
com pé-de-moleque em bom estado de conservação e possui dimensão de dois carros
em cada lado da igreja.
Seu adro, erguido
sobre base de pedra, possui revestimento em bloquetes hexagonais de concreto em
regular estado de conservação e é protegido nas laterais e na frente por
guarda-corpo de grades de ferro entre pequenas colunas de alvenaria com a parte
superior trapezoidal.
O acesso a ele é
feito através de um pequeno jardim gramado, com árvores, arbustos, flores,
folhagens e um pequeno caminho sinuoso, cimentado que leva à escadaria reta de
17 degraus cimentados, na direção da portada do frontispício.
Sobre algumas das
colunas de alvenaria do guarda-corpo, postes de iluminação de concreto
encimados por um globo de vidro auxiliavam na iluminação do adro, ficando estes
nas extremidades, no final da escadaria e nas partes centrais do gradil.
O adro conta
ainda com mais duas construções, à esquerda do templo um coreto simples,
quadrado, ao nível do adro, com cobertura de quatro águas em telhas cerâmicas.
À direita da edificação religiosa encontram-se os sinos já que ela não possui
torre sineira, eles ficam abrigados em uma construção simples de apenas quatro
colunas de concreto com piso e forro de laje e protegida por grades de ferro,
acima do nível do adro por oito degraus cimentados.
A edificação não
possui eixo de perspectiva definido, mas quando chega-se ao centro do pequeno
distrito ela destaca-se, imponente e grandiosa, entre outros edificações ainda
existentes do século XIX e do início do século XX. Arquitetonicamente a
edificação erigida em homenagem a Nossa Senhora das Dores possui a data de sua
primeira capela de 1858.
Seu interior
possui ainda características do rococó, mas sua fachada é simples, com linhas
retas, com características jesuíticas, com partido em cruz latina e cúpula
barroca no transepto, apesar dos seus vãos serem todos em arco ogival ela não
possui características neogóticas.
A edificação
religiosa implanta-se em adro aberto em forte aclive, acima do nível da rua no
seu frontispício, chegando a seu nível na parte posterior, onde a rua faz um
pequeno largo plano. Construída em tijolo maciço, possui telhado com vedação em
telhas cerâmicas em duas águas no seu sentido longitudinal, e no transepto o
bloco que se projeta para fora possui cobertura independente de duas águas, com
cumeeira transversal à edificação.
Seu frontispício
é simples, sem torre sineira, porém imponente, distante da escala humana. A
portada de madeira almofadada de duas folhas de abrir, nos leva ao interior do
templo e o acesso a ela é feito por apenas três degraus cimentados no adro.
Todos os vãos dessa fachada possuem enquadramento liso em argamassa e verga
superior ogival. Ladeando a portada tem-se dois vitrais, um em cada lado, de
madeira com vidro liso, com a parte superior, junto à verga, com vidros
coloridos.
Ao nível do coro
outros três vitrais como os do térreo, porém um pouco maiores, auxiliam na
iluminação do seu interior. Acima, a volumosa cornija apóia a empena do
telhado, triangular, com apenas uma decoração central em massa de uma estrela
de cinco pontas, e encimada por uma cruz de ferro.
O frontispício é
enquadrado por robustos cunhais, sobre base larga tipo pedestal, com ressaltos
sobre a base e na altura da cimalha das fachadas laterais, e são encimados por
pináculos prismáticos simples. As fachadas laterais possuem ao nível do térreo
apenas uma porta de entrada, no mesmo estilo da portada, porém em menores
dimensões, e cinco vitrais, como os do frontispício, no clerestório.
Nestas fachadas,
o coroamento do telhado faz-se com cimalha e volumosa cornija. Na parte
posterior ao transepto, ainda nas fachadas laterais, estas contam com mais uma
porta de entrada que dá acesso à parte posterior do templo, no mesmo estilo das
demais, um vitral ao nível do térreo e dois superiores.
A fachada
posterior conta apenas com um vão superior, de vitral no mesmo estilo dos
demais vitrais do templo, porém sua empena forma um bonito frontão movimentado
encimado por uma cruz de ferro e seus robustos cunhais possuem revestimento que
formam blocos de alvenaria aparente. No transepto, as fachadas contam apenas
com duas janelas circulares, uma voltada para a frente e outra para a parte
posterior da edificação, sendo sua lateral cega, com frontão semelhante ao da
parte posterior do templo, também encimado por uma cruz de ferro, e com os
cunhais com o mesmo revestimento.
O seu interior de
nave única é bastante decorado e conta também com altares laterais. O coro
situa-se na parte anterior, junto ao frontispício e o altar-mor, no transepto,
sob a grande cúpula com belas decorações e tambor iluminado com vidros.
A cúpula possui
calota simples sobre tambor com oito arestas. As paredes são revestidas com
reboco e pintadas com tinta látex, as esquadrias e ferragens são pintadas com
tinta a óleo. A base é revestida com chapisco grosso pintado com tinta látex.
Bem próximo à
cidade de São João Nepomuceno esta localizado o distrito de Taruaçu, outrora
Nossa Senhora das Dores de Monte Alegre e nos primórdios segundo Nelson Sena
quando ali se estabeleceu o primeiro rancho de tropas, Rabicho. No começo do
século era motivo de referencia a Biblioteca Publica fundada a exemplo
d’Laminense, no Município de Lafaiete. Os assentamentos mais antigos datam de
1836, com assinatura do Padre Antônio Pinheiro, sendo certo que o Curato entrou
em exercício, com direito de Capela Curada, a 3 de agosto de 1859.
Que a Capela,
como Aplicação, existiu antes de 1825, parece não existir duvida, pois D. José
Caetano da Silva Coutinho, Bispo do Rio de Janeiro, nas impressões deixadas
acerca da visita feita a capela de São José do Paraíba, referiu-se “Ás Dores,
não visitada por não ter agradado a recepção que lhe proporcionou o padre
Paiva”. A primeira referencia à Paróquia data de 1859 (Termo de abertura do ano,
assinado pelo padre Leitão).
O padre Luis
Lopes Teixeira, na abertura do livro de batizados de 1866, declarou que “criada
a Freguesia, não recebeu instituição canônica do Bispo de Pedro Maria Lacerda”.
A 11 de fevereiro de 1893 o padre Francisco Rizzotti, pela primeira vez, nos
livros de registros, assinalou “Nossa Senhora de Dores de “Taru-Assu”.
O Patrimônio foi
constituído de seis alqueires doados por Manoel Lopes de Oliveira e sua mulher,
Maria Eugenia de Assunção, em 6 de maio de 1827. O acervo de bens móveis e
integrados, de talha, imaginária e pintura é bastante significativo: Na pintura
encontram-se obras de Marchi Ferrara, artista italiano que atuou na edificação
no início do século XX. Na talha há retábulos de madeira do final do século
XIX, com características rococó e alterações com tendências ecléticas.
Na imaginária
destacam-se as imagens de Nossa Senhora do Rosário, datada do século XVIII, uma
imagem de São Manoel, de Nossa Senhora das Dores, de São Francisco, de São
Sebastião, todas do século XIX e ainda algumas imagens do século XX, como as
imagens de São Geraldo, Santa Cecília e do Senhor Morto. Há também uma pia
batismal em mármore, doada pelo Barão de São Cristovão, nobre português que
viveu no Brasil.
Bacana eu sempre quis saber da historia de Taruaçu e por aqui eu sempre acho algo a mais,parabens José Carlos Barroso e continue pesquisando mais...
ResponderExcluirQueria saber de alguns cidadãos ilustres de Taruaçu q tiveram destaque por algum feito importante...
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