Por Jocarlosbarroso
AS DESCOBERTAS
ACONTESSE ASSIM: DEPOIS DE UMA FELIZ COINCIDÊNCIA
Certa
ocasião ainda como Superintendente da Fundação Cultural “São João Nepomuceno” em
visita técnica ao Museu Nacional no Rio de Janeiro, situado na Quinta da Boa
Vista, e depois de encantados com as relíquias, que lá se encontram, e com o
número de peças expostas que contam a história do Brasil, e a de outros paises,
acabamos por cair em um salão onde me deparei em um expositor de vidro contendo
uma pedra, com o nome de meteorito São João Nepomuceno.
Embora
havia ainda muito por visitar, fiquei ali parado frente aquela pedra imaginando
como, onde teria caído aquela pedra e, quem a havia colhido.
Embora
o meteorito de São João Nepomuceno, fosse uma incógnita, comecei a escrever o
que relatava do mesmo a literatura mundial até que depois de alguns anos de
procura e estudos, um dia entrou em meu escritório um amigo, e conto-me um caso
sobre uma pedra que havia sido encontrada por seu pai, hoje com mais de oitenta anos, isso há cerca de sessenta anos atrás na zona rural do município de Descoberto,
antes pertencente a São João Nepomuceno.
Agora
as coisas estavam aclarando e tudo nos levava a crer que se tratava da pedra
que eu havia admirado tanto no Museu Nacional.
Depois
disso pus-me novamente as buscas pela origem da pedra relíquia, quando no blog
do amigo Túlio Bambino interesse-me mais uma vez sobre o meteorito, quando em
um de seus artigos narrava também sobre o mesmo.
Foi
aí que vimos surgir os nome da Professora Elizabeth Zacolatto, que trabalha
naquele museu, que contou-lhe que o meteorito foi entregue àquela instituição
em janeiro de 1960, pelo Dr. Silvio Froes de Abreu, geólogo e pesquisador, mas
sem precisar as condições e circunstancias em que a pedra foi encontrada.
Contou-lhe
ainda que a metade do meteorito foi levada para os Estados Unidos para analise
em 1973 SMITHSONIAN INSTITUTION em Washington e suas características constam do
catálogo do mesmo e ainda do catalogo do Museu Histórico de Londres sob o
título: Catalogue of Meteorites = São Joaão Nepomuceno, Minas Gerais, Brasil.
A DESCRIÇÃO DO METEORITO SÃO JOÃO
NEPOMUCENO
Assim como os
acondritos, os sideritos são provenientes de corpos parentais cuja matéria
primordial sofreu diferenciação. Este material, originário da nebulosa que
formou o sistema solar e presente nos meteoritos condritos, sofreu a ação
gravitacional ao longo de bilhões de anos dando origem a todos os corpos que
conhecemos hoje no sistema solar como o sol, planetas, asteróides, etc.
Os sideritos são
meteoritos provenientes do núcleo desses corpos parentais onde o material mais
pesado se concentrou como o Ferro e Níquel. Apesar de haver um grande número de
meteoritos ferrosos já catalogados, a grande maioria não teve a sua queda
observada. Somente uma pequena parcela das quedas observadas corresponde a
meteoritos sideritos, a grande maioria é representada pelos condritos.
Levando-se a conclusão que os meteoritos ferrosos são relativamente mais raros
que os rochosos em nosso sistema solar.
Voltando
a conversa com o meu amigo, o mesmo me relatou que depois de nossa conversa em
meu escritório as coisas tomaram outro rumo, pois ele que antes havia enviado
um pequeno pedaço do meteorito ao museu nacional para analise, há pouco tempo
havia recebido a visita na casa de seus pais da professora Beth, Elizabeth
Zacolatto, acompanhada de outro professor, que lhe afirmou que se tratava de
uma parte do mesmo meteorito, como também ficamos sabendo da morte do geólogo e
pesquisador Dr. Silvio Froes de Abreu,
Agora
a próxima etapa será conhecer o artífice de toda esta historia, e que
estaremos aqui registrando.
Até a próxima!