Rua Visconde do Rio Branco foto: Fernando Motta
Segundo se sabe, pelo menos desde a metade do século passado*, já se denominava Rua Visconde de Rio Branco a via pública de nossa cidade que nos leva até o prédio da Escola Normal D. Prudenciana**, partindo-se da Praça Barão do Rio Branco.
Em verdade, naquela época, media ela mais ou menos duzentos e cinquenta metros de comprimento, mas, em 1938, o poder público houve por bem mutilá-la e lhe tirou cerca de dois terços de sua extensão, dando ao trecho seccionado o nome de Rua Governador Valadares.
Desejavam os nossos antigos administradores homenagear um dos maiores homens do Império – José Maria da Silva Paranhos, que, no princípio de sua vida política, era conhecido como o Conselheiro Paranhos, que, pelos serviços prestados à Coroa, recebeu o título de Visconde do Rio Branco, nome com que realmente passou à história.
O Visconde do Rio Branco, tão grande como seu filho e homônimo – Barão de Rio Branco, foi um dos mais notáveis estadistas do Império, e uma vez mais soubera honrar o nome de seu torrão natal, a Bahia, pela sua inteligência, cultura e patriotismo.
Rua Visconde do Rio Branco - também conhecida como morro do ginásio
Desempenhou as mais destacadas funções no governo imperial, iniciando-as como secretário da missão diplomática, chefiada pelo Marquês de Paraná, em 1851, no Rio da Prata, dali passando a Ministro-residente, no ano seguinte. Foi por várias vezes nomeado plenipotenciário e enviado extraordinário na República Argentina, Uruguai e Paraguai, tendo oportunidade, em 1865, de concluir o acordo com aqueles países e o de organizar o governo provisório no Paraguai, assinando, por fim, o tratado preliminar de paz com aquelas nações.
Esteve ele no Rio da Prata, quando foi surpreendido com a ordem que dava por finda sua missão no exterior, voltando, então ao Brasil e pronunciando célebre discurso em 5 de junho de 1865, que durou oito horas.
Desempenhou o Visconde do Rio Branco as funções de Ministro da Marinha, Ministro dos Estrangeiros, Ministro da Guerra. Foi presidente da Província do Rio de Janeiro, deputado por ela e pelo chamado “Município Neutro” (na República, Distrito Federal), bem como por Sergipe e ainda, Senador.
Teve o Visconde do Rio Branco atuação destacadíssima no Segundo Império, tanto assim que fez parte do décimo-sexto Gabinete Ministerial e do vigésimo-quinto Gabinete, na qualidade de seu Presidente. Foi ele quem promulgou a lei que concedia liberdade aos filhos dos escravos, que nascessem a partir de então; lei essa mais conhecida como a do “Ventre Livre”.
Convém que se ressalte que o Visconde do Rio Branco pertencia ao Partido Conservador e que conseguiu presidir o mais longo Ministério de toda a Monarquia, pois formado em 1871, prolongou-se até 1876.
Merece ser destacado, na personalidade, na personalidade do Visconde de Rio Branco, o fato de ser ele abolicionista e esse seu ideal extravasou nossas fronteiras, indo refletir em outras nações. Estava ele em Assunção, no Paraguai, tendo organizado um governo provisório, quando da guerra contra aquele país, tendo que – um de seus principais atos foi declarar livres todos os escravos Paraguaios.
Parece-nos, salvo engano de nossa parte, que à época de tua permanência na Chefia do Gabinete, em São João Nepomuceno predominava o Partido Conservador, donde lhe devotar o nosso povo especial estima e grande admiração. Vem daí, possivelmente, a ligação de seu nome a uma de nossas principais artérias, à época, como testemunho do são-joanense ao grande estadista, que tão assinalados serviços prestara à Pátria.
Em verdade, naquela época, media ela mais ou menos duzentos e cinquenta metros de comprimento, mas, em 1938, o poder público houve por bem mutilá-la e lhe tirou cerca de dois terços de sua extensão, dando ao trecho seccionado o nome de Rua Governador Valadares.
Desejavam os nossos antigos administradores homenagear um dos maiores homens do Império – José Maria da Silva Paranhos, que, no princípio de sua vida política, era conhecido como o Conselheiro Paranhos, que, pelos serviços prestados à Coroa, recebeu o título de Visconde do Rio Branco, nome com que realmente passou à história.
O Visconde do Rio Branco, tão grande como seu filho e homônimo – Barão de Rio Branco, foi um dos mais notáveis estadistas do Império, e uma vez mais soubera honrar o nome de seu torrão natal, a Bahia, pela sua inteligência, cultura e patriotismo.
Rua Visconde do Rio Branco - também conhecida como morro do ginásio
Desempenhou as mais destacadas funções no governo imperial, iniciando-as como secretário da missão diplomática, chefiada pelo Marquês de Paraná, em 1851, no Rio da Prata, dali passando a Ministro-residente, no ano seguinte. Foi por várias vezes nomeado plenipotenciário e enviado extraordinário na República Argentina, Uruguai e Paraguai, tendo oportunidade, em 1865, de concluir o acordo com aqueles países e o de organizar o governo provisório no Paraguai, assinando, por fim, o tratado preliminar de paz com aquelas nações.
Esteve ele no Rio da Prata, quando foi surpreendido com a ordem que dava por finda sua missão no exterior, voltando, então ao Brasil e pronunciando célebre discurso em 5 de junho de 1865, que durou oito horas.
Desempenhou o Visconde do Rio Branco as funções de Ministro da Marinha, Ministro dos Estrangeiros, Ministro da Guerra. Foi presidente da Província do Rio de Janeiro, deputado por ela e pelo chamado “Município Neutro” (na República, Distrito Federal), bem como por Sergipe e ainda, Senador.
Teve o Visconde do Rio Branco atuação destacadíssima no Segundo Império, tanto assim que fez parte do décimo-sexto Gabinete Ministerial e do vigésimo-quinto Gabinete, na qualidade de seu Presidente. Foi ele quem promulgou a lei que concedia liberdade aos filhos dos escravos, que nascessem a partir de então; lei essa mais conhecida como a do “Ventre Livre”.
Convém que se ressalte que o Visconde do Rio Branco pertencia ao Partido Conservador e que conseguiu presidir o mais longo Ministério de toda a Monarquia, pois formado em 1871, prolongou-se até 1876.
Merece ser destacado, na personalidade, na personalidade do Visconde de Rio Branco, o fato de ser ele abolicionista e esse seu ideal extravasou nossas fronteiras, indo refletir em outras nações. Estava ele em Assunção, no Paraguai, tendo organizado um governo provisório, quando da guerra contra aquele país, tendo que – um de seus principais atos foi declarar livres todos os escravos Paraguaios.
Parece-nos, salvo engano de nossa parte, que à época de tua permanência na Chefia do Gabinete, em São João Nepomuceno predominava o Partido Conservador, donde lhe devotar o nosso povo especial estima e grande admiração. Vem daí, possivelmente, a ligação de seu nome a uma de nossas principais artérias, à época, como testemunho do são-joanense ao grande estadista, que tão assinalados serviços prestara à Pátria.
* O Século ao que o autor se refere é o Século XX.
** Atualmente o prédio abriga uma empresa do ramo de confecções.
"Há na força do passado a alegria e o consolo das ressurreições."
(Texto de autoria do Dr. José de Castro Azevedo, lido em 1964, nos microfones da ZYV-39)
** Atualmente o prédio abriga uma empresa do ramo de confecções.
"Há na força do passado a alegria e o consolo das ressurreições."
(Texto de autoria do Dr. José de Castro Azevedo, lido em 1964, nos microfones da ZYV-39)
Jose Lindo post com a historia da tua rua Viconde Rio Branco, pensava que era ca no tempo da monarquia que havia viscondes, afinal há em todo lado. Bom fim de semana
ResponderExcluirUm abraço
Santa Cruz